IMPRESSO
Maringá
  • HomeM
  • Maringá
  • Notícias Região
    • Floresta
    • Itambé
    • Mandaguaçu
    • Mandaguari
    • Marialva
    • Paiçandu
    • Santa Fé
    • Sarandi
    • Umuarama
  • Esportes
    • No Pé Delas
    • Na Área do Esporte
    • Na Raiz Do Esporte
  • Colunas
  • Saúde
  • Obituário
  • Publicações Legais
Maringá
No Result
View All Result

Festival Latinidades homenageia força ancestral de Lélia Gonzalez

Por Erick Matias
26 de julho de 2025

O Festival Latinidades homenageou nesta sexta-feira (25) Lélia González, filósofa, antropóloga, professora universitária e ativista nos movimentos negros e feministas. Com o auditório II do Museu Nacional, em Brasília, lotado, o pensamento e a trajetória intelectual de Lélia foram lembrados.

O evento realizado na Capital Federal, no Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, começou com um recital poético feito pela atriz e poeta Elisa Lucinda e seguiu com falas emocionadas que reafirmaram a atualidade e a força da contribuição de Lélia para os debates sobre conquista de direitos e a luta contra o racismo e o sexismo.

Lélia é conhecida por ser autora dos termos “amefricanidade” e “pretuguês” ao se referir a nossa língua com termos de origem africana e indígena, e também foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU). Ela partiu cedo, em 1994 aos 59 anos.

A homenagem no festival teve ainda um debate com a presença da ministra de Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo (foto, à direita), da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, da professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Dulce Pereira e de Melina Lima (foto, à esquerda), neta de Lélia e diretora do Instituto Memorial Lélia González. 

 


Brasília (DF), 25/07/2025 - Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participa do Festival Latinidades, no Museu Nacional. Foto: Duda Rodrigues/MDHC
Brasília (DF), 25/07/2025 - Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participa do Festival Latinidades, no Museu Nacional. Foto: Duda Rodrigues/MDHC

Brasília (DF), 25/07/2025 – Melina Lima, neta de Lélia e diretora do Instituto Memorial Lélia González, e a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo. Foto: Duda Rodrigues/MDHC

Afrolatinas

No mês em que se celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o pensamento e a trajetória de Lélia Gonzalez foram homenageados por mulheres negras influentes de diferentes áreas do Brasil. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relembrou como Lélia influenciou o caminho de sua irmã, Marielle Franco, e a sua própria trajetória.

“Eu me orgulho muito de conseguir, em vida, homenagear mulheres que caminham conosco. Defender mulheres negras, para mim, é o que me move. Seja por aquelas que estão conosco, seja por aquelas que, infelizmente, não estão mais”, celebrou a ministra.

Já Macaé Evaristo destacou a importância da construção teórica e política de Lélia, especialmente no que diz respeito à criação de conceitos que nomeiam experiências vividas pela população negra. “A Lélia nos convidou e ela mobilizou a construção de um pensamento afro-latino-americano, mas ela estava sempre ligada na nossa condição e na nossa potência e na nossa capacidade de poder construir uma revolução a partir da nossa própria inventividade”, disse.

Para a ministra, é necessário honrar esse legado de Lélia e manter vivos os ensinamentos dela. “Uma das coisas mais cruéis do racismo é o apagamento e o silenciamento.”

A atriz e escritora Elisa Lucinda ressaltou a coragem de Lélia Gonzalez em desafiar as estruturas do pensamento acadêmico eurocêntrico e racista. 

“Ou se é racista, ou se é sofisticado. Lélia teve a coragem de desvelar o escândalo intelectual que é o preconceito, apontando que não se pode oprimir quem promete liberdade”.


Brasília (DF), 25/07/2025 - Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participa do Festival Latinidades, no Museu Nacional. Foto: Duda Rodrigues/MDHC
Brasília (DF), 25/07/2025 - Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participa do Festival Latinidades, no Museu Nacional. Foto: Duda Rodrigues/MDHC

Professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Dulce Pereira, ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, Melina Lima, neta de Lélia e diretora do Instituto Memorial Lélia González, ministra de Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, e atriz Elisa Lucinda. Foto: Duda Rodrigues/MDHC

Já a professora e ex-presidente da Fundação Palmares, Dulce Pereira, enfatizou a contribuição teórica de Lélia ao formular o conceito de “amefricanidade”, que unifica a identidade afrodescendente no continente.

“Ela ofereceu uma identidade para um grupo que, até então, era definido por fragmentações. Lélia nos deu ferramentas para pensar a resistência com consistência e sofisticação teórica”.

Dulce também destacou a importância do conceito de pretoguês, cunhado por Lélia como uma crítica ao apagamento da linguagem negra nos espaços formais e acadêmicos. Para a professora, reconhecer o pretoguês é reconhecer uma identidade cultural e linguística própria da população afro-brasileira. “Lélia defendia o pretoguês como uma referência nacional legítima, e não como um desvio da norma. Era, para ela, um instrumento de afirmação política, de pertencimento e de enfrentamento ao racismo estrutural.”

A diretora do Instituto Memorial Lélia Gonzalez, Melina de Lima, neta de Lélia, ressaltou a emoção de ver o legado de sua avó sendo celebrado por tantas pessoas. “Somos o coração desse país. Lélia vive. Mesmo tendo partido há 31 anos, ela continua extremamente atual. Foi emocionante ver a sede de conhecimento que ela ainda inspira.”

Os depoimentos reafirmaram que o pensamento de Lélia Gonzalez não apenas segue vivo, como também é farol para a luta antirracista, feminista e popular no Brasil e na América Latina.

Crédito arquivo Nacional EBC

Leia Mais em: O Maringá

Tags: ancestralFestivalforçaGonzálezhomenageiaLatinidadesLélia

Outros Posts

Últimas Notícias

Tornando o conteúdo de treinamento corporativo acessível em várias plataformas

15 de setembro de 2025
Últimas Notícias

Crie Campanhas Multilíngues com Vídeos de Lip Sync com IA Prontos para Legenda

15 de setembro de 2025
Crédito: Assessoria/CA Cambé
Esportes

Grêmio Maringá perde para o Cambé e deixa a liderança

15 de setembro de 2025
IAS vence mais duas e vai para a semifinal
Esportes

Sensação do Paraná Bom de Bola, IAS 50+ vence mais duas e vai para a semifinal

15 de setembro de 2025
Capas das revistas (Crédito: Montagem/Reprodução)
Cultura

Mercado editorial: Ink&Blood Comics lança duas novas edições de suas revistas de terror

15 de setembro de 2025
Vitória Fernanda, de 19 anos, foi vítima de bala perdida
Policial

Garota é morta por bala perdida durante tentativa de execução no Odwaldo Bueno Netto

15 de setembro de 2025

IMPRESSO

  • Impresso
  • Fale Conosco
  • Política de Privacidade
  • Publicações Legais
  • Quem Somos

Editora Dia a Dia – O Maringá

CNPJ: 31.722.654/0001-52
ENDEREÇO: Estácio de Sá, 1251,
Zona 2 CEP: 87005-120
(44) 3305-5461

© 2025 O Maringá - O Jornal a serviço de Maringá e região.

No Result
View All Result
  • Home
  • Maringá
  • Região em Destaque
    • Floresta
    • Itambé
    • Mandaguaçu
    • Mandaguari
    • Marialva
    • Paiçandu
    • Santa Fé
    • Sarandi
    • Umuarama
  • Policial
  • Economia
  • Esportes
    • Na Área do Esporte
    • Na Raiz do Esporte
  • Geral
  • Colunas
  • Saúde
  • Obituário
  • Jornal Impresso
  • Outros
    • Publicações Legais
    • Fale Conosco
    • Quem Somos

© 2024 O Maringá - Todos Os Direitos Reservados.

Esse website utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este website está a dar consentimento à utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.