A doença mental ainda é rodeada de preconceito. Acredita-se que para tratar as pessoas acometidas desse mal seja necessário isola-las e até mesmo tira-las o direito de viverem em sociedade, além de excluírem o direito de receber cuidados como um indivíduo comum.
Em 1970 o movimento da Reforma Psiquiátrica começou em diversas categorias de profissionais, além de estar presente em sindicatos, associações, instituições acadêmicas e representações políticas com o objetivo de se unirem para debater acerca do modelo clássico de assistência onde o centro eram as internações em hospitais psiquiátricos e que denunciavam os graus de violações aos direitos da pessoas com transtornos mentais, que indicam a reorganização desse exemplo de atenção voltada à saúde mental no Brasil.
Com isso, no Brasil é aconselhado um tratamento humanizado onde é respeitado os direitos do cidadão acometido desta doença a ser tratada com respeito e dignidade, juntamente com os familiares.
Os choques elétricos e as violações estão sendo substituídos por uma prática mais humana e que preze a liberdade do paciente. Há 30 anos, o Brasil está desenvolvendo uma política pública de saúde mental disposta a mudar as internações em hospitais psiquiátricos.
Em Maringá, o prefeito Ulisses Maia preza pelo aperfeiçoamento e expansão de serviços da rede pública de saúde mental. “Em 2017, ampliamos o horário de atendimento do Centro de Atenção Psicossocial, CAPS III. O serviço passou a ser 24 horas com 12 leitos de acolhimento para pessoas com transtornos mentais e dependência de álcool e outras drogas”, ressalta o prefeito.
Segundo Maia, a criação do Plantão Psicológico que dá suporte e atendimento na pandemia é essencial. O projeto foi um dos primeiros a ser criado no país. No primeiro trimestre deste ano, a rede de saúde mental realizou 35,6 mil atendimentos.
Para o secretário de saúde, Marcelo Puzzi, a rede pública de saúde mental serve de referência para a cidade e os municípios da região por constituir o serviço com atendimento primário nas UBSs, secundário nos quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), e terciário com 26 leitos de emergência psiquiátrica no Hospital Municipal.
“O atendimento realizado pela Secretaria de Saúde não é somente hospitalar, mas também é voltado a serviços de base comunitária e de forma humanizada, com ênfase na autonomia do paciente”, diz.