Atingindo a Tolerância: O Desafio da Vida nas Condições Climáticas Novas
O tempo que vivemos é um verdadeiro desafio. Condições climáticas cada vez mais extremas, mudanças abruptas na temperatura, freqüências de fenômenos atmosféricos incomuns… a lista parece sem fim. Como podemos encontrar uma forma de conviver em harmonia com esse novo tempo?
A busca por respostas a esse questionamento pode começar no nosso próprio lar, mais especificamente na nossa casa e na nossa maneira de nos relacionar com o ambiente em que vivemos. É no espaço que podemos ter mais influência e agir de maneira mais significativa para promover mudanças positivas.
Estatísticas impactantes
Sejam números e estatísticas: 85% das mudanças climáticas são relacionadas às escolhas humanas (Fonte: IPCC, 2018). Em poucas palavras, o fator humano está direta e indiretamente relacionado a mais da metade da alteração do clima que estamos vivenciando. Números como estes nos demonstram que estamos fazendo a escolha consciente ou não, e agora é hora de nos tornar mais conscientes da importância da nossa influência.
As alterações climáticas não se restringem apenas a aumento da temperatura, também afetam a forma como as condições climáticas variam no tempo. Isto é chamado de alteração no tempo (Fonte: WMO, 2020). Ou seja, estão se tornando mais comuns eventos climáticos extremos como secas prolongadas, tempestades mais intensas, enchentes e secas, tornando cada vez mais desafiadoras as condições para a população.
Efeitos nos seres humanos
O impacto dessas condições climáticas extremas na saúde humana é alarmante. Estima-se que o número de óbitos diretos e indiretos decorrentes do clima tem aumentado nos últimos anos. Os mais vulneráveis são, por definição, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Além disso, as alterações climáticas estão também afetando a comida que comemos, a qualidade do ar que respiramos, e a frequência de inundações em áreas urbanas e rurais. São muitos os riscos para a sociedade, como por exemplo:
- Mudanças nos hábitos e comportamentos saudáveis (Fonte: WHO, 2020).
- Impacto nas economias locais, em especial para setores dependentes da produção agrícola e ambiental (Fonte: UNEP, 2020).
- Incremento da migration de pessoas que não podem mais conviver nos lugares onde estão, seja em razão das mudanças climáticas, seja em função de outros motivos (Fonte: UAC, 2020).
O Desafio
É nesse contexto que a questão pela tolerância surgiu como um desafio para nós. Tolerância é aqui entendida como capacidade de enfrentar e sobreviver nas condições climáticas extremas e em permanente mudança. Como indivíduos, como coletividade, como sistema global, como civilização…
Nesse sentido, o desafio é maior do que a soma das escolhas individuais, é o desafio da coexistência. Estamos diante de uma responsabilidade global em conjunto, requerendo a integração das nossas decisões e comportamentos para reduzir as nossas implicações climáticas.
Soluções e Estratégias
As soluções não são únicas, não há apenas um caminho, e sim são multiplos. Em diferentes campos e áreas de intervenção podem ser encontrados esforços e ações para mitigar os efeitos das condições climáticas extremas e alterações ambientais.
Por exemplo, as seguintes são estratégias e soluções que podemos considerar:
- Reduzir as emissões de gases de efeito estufa: investindo em fontes renováveis, melhorando a eficiência energética em edifícios e industriais, estimulando mudanças de hábito nos modos de transporte;
- Implementar soluções de adaptação: reconstruir espaços públicos, criar novas infraestruturas urbanas, garantir a preservação do solo e a proteção contra incêndios;
- Estabelecer parcerias e colaboração: entre diferentes setores da sociedade, empresas, instituições públicas e comunidades locais;
- Promoção da inclusão e a educação ambiental: incentivando a sensibilização ambiental, fomentando o uso de técnicas sustentáveis e proteção da natureza.
Visão para o Futuro
Nesse ambiente complexo, a tolerância não é somente uma adaptação para enfrentar um futuro incerto, mas é também uma condição para prosperar. Ela é necessária para promover mudanças positivas, para cultivar uma comunidade mais equitativa, justa e solidária.
Vislumbramos um futuro onde as sociedades estejam mais preparadas e mais proativas para as condições climáticas extremas. Um futuro onde as estratégias para enfrentar e superar os desafios climáticos sejam fundamentadas em principais valores humanos como compaixão, solidariedade e sabedoria coletiva.
O tempo para mudanças está agora, não é somente um grito de guerra, mas é a realidade. Estamos no tempo para nos adaptarmos, nos ajustarmos e nos mobilizar para garantir um futuro melhor para nossas gerações futuras.
Final
A tolerância é, em última instância, o nosso maior capital para enfrentar as condições climáticas novas. Ao adotarmos essa virtude, nos tornamos capazes de cultivar uma harmonia mais profunda com o planeta e conosco mesmo.
É no entanto uma responsabilidade não apenas individual, mas também coletiva e social. Os esforços de cada pessoa, grupo ou organismo fazem parte do todo, uma rede de sustentabilidade, para garantir um futuro equilibrado e saudável.
Sendo assim, a tolerância não é mais um desafio, e sim uma obrigação para nossa existência planetária. Ela é um presente que possuímos em nossa mão e que apenas pode ser aperfeiçoado coletivamente, como um só, como a sociedade em geral.
Então, em um tempo onde a mudança climática está nos convidando a reinventar nós mesmos e nossas comunidades, somos chamados a exercer essa virtude mais uma vez, a Tolerância, como um novo nome para um mundo mais tolerante, um mundo mais pacífico.
Continue Lendo o Jornal O Maringá