O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou alta de 2,9% em 2022. O levantamento, divulgado pelo Banco Central, reflete as atividades da indústria, dos serviços e da agropecuária.
O economista Hugo Garbe explica que a redução nas restrições impostas pela pandemia de Covid-19 contribuíram para o crescimento registrado pelo IBC-Br em 2022.
“Em 2022 nós tivemos menos restrições com relação à pandemia. Houve uma abertura econômica. Comércios, serviços começaram a funcionar menos que parcialmente. Houve também uma grande geração de emprego. As pessoas começam a consumir mais e isso influencia positivamente no resultado econômico e consequentemente justifica esse incremento de 2,9% em 2022”, afirma.
Cláudio Monteiro, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destaca o desempenho do setor de serviços. Ele afirma que o segmento foi prejudicado pela pandemia e impulsionou a economia com o fim das restrições.
“O que explica a recuperação em 2022 é o setor de serviços, que havia sido muito prejudicado durante a pandemia, mas com o fim das restrições as pessoas passaram a ir em hotéis, bares, restaurantes, alimentação fora da residência, teatro, cinema. Coisas que estavam totalmente fechadas anteriormente. Então os serviços explicam a melhoria”, pontua.
Apesar do crescimento, os números mostram uma desaceleração da economia na comparação com 2021, quando o Produto Interno Bruto cresceu 4,6%, o que representa R$ 8,7 trilhões, e recuperou as perdas da economia causadas pela pandemia de Covid-19.
Segundo os economistas ouvidos pelo Brasil 61, o crescimento registrado em 2021 é reflexo da retomada econômica após a recessão de 2020, ano marcado por medidas restritivas adotadas para conter a disseminação do coronavírus em um dos piores momentos causados pela doença no país. Houve queda de 3,3% no PIB em 2020.