A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de novembro de 2021, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que 75,6% das famílias brasileiras estão endividadas. Por conta disso, os bancos deverão encurtar os prazos de financiamento, aumentar a entrada do crédito imobiliário, manter ou reduzir o limite do cartão de crédito e controlar os empréstimos às pessoas físicas. Tanto é verdade que a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) relatou que o desembolso em empréstimos e financiamentos deverá crescer apenas 6,7% neste ano, ante uma projeção anterior de 7,3%. O mesmo cenário de ‘aperto’ tende a também se estender no setor de PJs.
De acordo com Lucas Flores, co-CEO da BrBatel, fintech que tem o propósito de revolucionar a maneira como as empresas captam crédito no Brasil, o mercado de crédito é um importante instrumento econômico para estímulo da economia. “O setor permite agilidade nas transações e expansão dos negócios, o que impacta diretamente no desenvolvimento da intermediação financeira e do fornecimento de liquidez aos agentes econômicos”, afirma.
“Em um período de crise, como o que estamos vivenciando durante a pandemia do Covid-19, muitas companhias estão sendo profundamente impactadas, resultando em menor geração de caixa. Nessa situação, quando essas corporações já estão consolidadas, efetuar uma captação de crédito pode ser o único caminho para que ele continue saudável e num ritmo normal de operação. É importante salientar, entretanto, que o crédito negociado seja encaixado com a perspectiva de geração de caixa da companhia. Infelizmente, pela pressa ou desconhecimento, diversos gestores financeiros optam por operações visando um cenário otimista, sem pensar nas possíveis adversidades, resultando em um panorama ainda pior no futuro”, explica Flores.
O empreendedor ressalta ainda que apesar dos grandes avanços do Banco Central, o processo de captação de crédito para as empresas continua bastante falho no Brasil. “As informações são enviadas por e-mail (ou vias físicas), cada credor faz sua própria análise e pede dezenas de informações adicionais, sem contar as cláusulas mal escritas, cálculos não transparentes e reciprocidades que forçam as organizações a assinarem contratos de seguro para conseguirem condições mais vantajosas”, relata.
Uma alternativa a esse processo tradicional é a captação de crédito por meio de fintechs. Por exemplo, a BrBatel oferece operações automatizadas, padronizadas e com as melhores condições para médias e grandes empresas, que buscam financiamentos a partir de R$ 5 milhões. A análise de crédito é realizada de forma mais ágil em comparação aos bancos, além do fato da startup conseguir identificar o melhor produto dentre as centenas disponíveis no mercado.