Nicole, uma bebê de um ano e quatro meses, se afogou na piscina de sua casa e ficou por cerca de seis minutos submersa. Ela foi retirada pelos pais e levada de carro até o quartel do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) em Foz do Iguaçu.
O caso mobilizou dezenas de profissionais do 9º Batalhão de Bombeiro Militar (9º BBM), incluindo 3 do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O veículo particular chegou ao local escoltado por uma viatura da Polícia Militar que havia sido abordada no meio do caminho.

Os bombeiros iniciaram imediatamente os procedimentos para reversão do afogamento da criança. As manobras, realizadas ao lado do portão de entrada do quartel, levaram cerca de 40 minutos, com os integrantes da força de segurança se revezando no socorro, que é um procedimento muito delicado.
Ao mesmo tempo, outra parte do efetivo trabalhava do lado de fora da edificação para manter o caminho livre para a saída da ambulância. Toda a movimentação foi registrada pelas câmeras de segurança da unidade do CBMPR.
“Foram 30 a 40 minutos somente de manobra. Tanto de massagem, de reanimação, como também manobras invasivas, com a presença da equipe médica. Quando ela apresentou um quadro que nos permitiu o transporte dessa vítima, quando a pulsação foi perceptível tanto na palpação como no monitoramento cardíaco, nós a transportamos para o Hospital Municipal”, explicou o tenente Rogério dos Santos Oliveira Junior.
O transporte até o Hospital Municipal foi rápido, acompanhado por três veículos do Corpo de Bombeiros e pela viatura da Polícia Militar. “Eu tenho criança, muitos aqui têm crianças. Todo mundo ficou muito emocionado”, disse o oficial. O vídeo do atendimento mostra, inclusive, os bombeiros se cumprimentando com o esforço coletivo.
“Vários profissionais chegaram durante o atendimento, tinha gente de folga que passou a integrar a equipe de intervenção também. Foi um trabalho muito dinâmico, com uma concentração muito grande de técnica e energia”, comentou o tenente.
Ontem, 19, os bombeiros receberam uma boa notícia do pai da criança. “Ele nos passou que ela está respirando quase que sozinha, coração batendo sozinho, apenas secreção no pulmão. Irão tirar a sedação dela em 48 horas, procedimento padrão do hospital. Então, ela está no processo de melhora”, afirmou o tenente. Ela está no Hospital Itamed ainda em estado grave, mas estável.
Afogamento é a segunda maior causa de mortes de crianças até cinco anos.
Saiba como ajudar a salvar vidas no vídeo abaixo