Bolsonaristas mantêm protesto no DF e autoridades desistem de desocupar áreas

Membros do governo foram até acampamentos para tentar desmontá-los, mas precisaram recuar frente à ameaça dos manifestantes

O Maringá

Foto: Anderson Coelho/AFP

Da Agências

 

É de tensão o clima em Brasília com a proximidade da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Centenas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro permanecem em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, exigindo intervenção militar para impedir a volta ao poder do presidente eleito. “Bolsonaro, acione as Forças Armadas contra a fraude eleitoral”, dizia um dos cartazes exibidos pelos manifestantes ao lado das barracas onde estão acampados desde 30 de outubro.

Desde que perdeu a eleição por uma estreita margem – 50,9% contra 49,1% -, Bolsonaro tem limitado suas aparições públicas e se mantido praticamente em silêncio. Ele não confirmou se entregará a faixa presidencial a Lula, na solenidade agendada para este dia 1º de janeiro. Bolsoraro deve viajar ao exterior para passar o Ano Novo.

A Polícia Federal (PF) iniciou na quinta uma operação para capturar os suspeitos de participar dos atos de vandalismo em Brasília, em 12 de dezembro, quando um grupo de bolsonaristas

ateou fogo em carros e ônibus e entrou em confronto com a polícia, em protesto contra a prisão de um companheiro.

No âmbito desta operação, a PF deteve quatro pessoas e procurava outras sete, de acordo com um delegado desta força, durante coletiva de imprensa na quinta. Segundo ele, vários indivíduos procurados também são suspeitos de terem participado da tentativa de explosão de uma bomba perto do aeroporto de Brasília, às vésperas do Natal.

Estes incidentes levaram ao reforço da segurança para a cerimônia de posse de Lula, em 1º de janeiro, quando Brasília mobilizará “100%” de suas forças policiais, o que pode envolver até 8.000 agentes, de acordo com as autoridades.

Lula, de 77 anos, chegará à Presidência pela terceira vez, após seus dois mandatos anteriores (2003-2010).

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