Pandemia zerou o turismo, desempregou e afetou a economia de Maringá

Nenhum dos grandes eventos anuais de Maringá foi realizado em 2020 e pairam dúvidas sobre a possibilidade que aconteçam neste ano, já que a pandemia de covid não parece estar próxima do fim

FOTO WAKADAIKO

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O Festival Nipo brasileiro é o segundo maior evento anual de Maringá e atrai visitantes de várias cidades e outros Estados

O setor de turismo perdeu 49,9 mil estabelecimentos e desempregou aproximadamente 400 mil pessoas no Brasil em consequência da crise provocada pela pandemia de covid-19, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A maior parte das atividades que compõem o turismo brasileiro permanece ainda sem perspectiva de recuperação significativa nos próximos meses, devido ao caráter não essencial do consumo destes serviços.
Em Maringá, cidade em que o turismo depende da realização de eventos, pode-se dizer que o turismo não existiu em 2020. Dos cerca de 80 eventos programados, 95% não aconteceram e os demais foram virtuais ou realizados com pouca presença.
“Historicamente, Maringá tem grandes eventos anuais, que reúnem milhares de pessoas, muitas vindas de outras cidades, como é o caso da Expoingá, o Festival Nipo-brasileiro, Calouro Folia e o Hallel, que é o maior evento de música católica da América Latina”, conta a superintendente Executiva do Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, Yara Linschoten. Segundo ela, em todo o mundo o Turismo foi o setor da economia mais afetado pela covid-19. E, ao paralisar suas atividades, foi também o setor que mais contribuiu para conter a disseminação do coronavírus. “Mesmo os eventos de menor porte, como os congressos, alguns tipos de competições esportivas, festas tradicionais e até casamentos acabaram suspensos”.
Linschoten destaca que a hotelaria foi atingida em cheio pela pandemia. Por meses o setor ficou praticamente parado e passou o ano com movimento tímido. “Os vestibulares da UEM [Universidade Estadual de Maringá] trazem a Maringá milhares de candidatos de outras regiões de Brasil, que lotam todos os hotéis da cidade, mais 2020 foi ano sem vestibular, sem contar que os hotéis já sofriam da falta de clientes porque as pessoas não estão viajando durante a pandemia”, diz.
O Observatório do Turismo, órgão ligado ao Convention Bureau, ainda não mensurou o impacto que a economia de Maringá sofreu pela falta do turismo durante um ano inteiro, mas a previsão é de que tenha sido de alguns milhões de reais.

“Até casamentos e outros pequenos eventos foram suspensos por causa da pandemia”.

Yara Linschoten, superintendente do Convention Bureau

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