Com mais de 111 milhões de visualizações a série “Round 6” ganhou destaque nas redes sociais

Com mais de 111 milhões de visualizações a série “Round 6” ganhou destaque nas redes sociais

Foto: divulgação/ Netflix

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A série Squid Game (conhecida no Brasil como Round 6) foi lançada no dia 17 de setembro pela Netflix (plataforma de streaming por assinatura). O sucesso sul-coreano foi produzido pelo diretor Hwang Dong-hyuk e conta a história de um grupo com 456 participantes, composto por pessoas que estão passando por grandes dificuldades financeiras, e que participam de um misterioso jogo de vida ou morte, no qual apenas um jogador sobreviverá para receber o prêmio de 45,6 bilhões de Wons (moeda da Coreia do Sul), o equivalente a 40 milhões de dólares ou em torno de R$ 210 milhões.

Os jogadores foram convocados por meio de um convite que apresentava as imagens de um círculo, triângulo e quadrado, e com um telefone no verso, sem identificação, que foi enviado somente para os “falidos”, segundo sinopse oficial da série. A competição envolve brincadeiras infantis que vão se tornando cada vez mais perigosas, e o resultado é fatal.

 

Classificação indicativa 18 anos

Inicialmente a série tinha a classificação indicativa de 16 anos, porém o Ministério da Justiça determinou a reclassificação para 18 anos devido à presença de conteúdo sexual, violência extrema e drogas lícitas.

A primeira temporada do Round 6 tem nove episódios e oferece as versões dublada e legendada para vários idiomas, chegando a aproximadamente 100 países. No dia 12 de outubro a Netflix Brasil comunicou: “Não vou dizer quem ganhou o jogo, mas posso dizer oficialmente que a Coreia ganhou a Netflix. Assistida por 111 milhões de lares, Round 6 é a minha maior série de todos os tempos”, destacou a postagem.

Somente um jogador sobreviverá à disputa e receberá o prêmio final de 45,6 bilhões de Wons – Foto: divulgação/ Netflix

Jogos infantis do Round 6, conforme opinião de profissionais

Batatinha frita 1, 2, 3; Colmeia de açúcar; Cabo de guerra; Bolinhas de gude; Ponte de cristal e Jogo da Lula são as seis etapas que marcam a competição.

O sucesso mundial acabou repercutindo também em vários memes nas redes sociais, paródias e jogos como Roblox. Virou tendência em aplicativos de compartilhamento de vídeos como Tik Tok e Kwai. A boneca do jogo Batatinha Frita 1,2,3 se popularizou entre os espectadores, e algumas crianças passaram a imitá-la na vida real.

Segundo o professor de Espanhol, Paulo Fernando Soares, que trabalha com crianças na faixa etária de sete a 10 anos e pré-adolescentes de 12 a 14 anos em uma escola básica em Barra Velha, Santa Catarina, a série chega em um momento onde até mesmo os adultos não estão 100% preparados psicologicamente para vê-la. “Ainda estamos melhorando a questão da covid-19 e existem pessoas que estão psicologicamente abaladas, que perderam entes queridos para a doença”, ressalta. “E as redes sociais são má influência para as crianças, pois elas ainda não têm as cabeças formadas e a maldade vem de maneira sutil e disfarçada. Já os pré-adolescentes e adolescentes conseguem compreender se existe maldade naquilo que veem”, informa Soares.

Ele nos conta que na realidade, a grande maioria das pessoas já assistiu a série ou ficou conhecendo pelas redes sociais, mas o mais importante é a prevenção por meio de conversas, para que as crianças sejam orientadas a não consumir este tipo de conteúdo. “Muitas vezes os pais não percebem os “traumas” que a série pode causar no comportamento das crianças e agem como se fosse algo normal, como em qualquer outro filme”, revela. E complementa: “Na escola onde trabalho os professores intervém se surgirem casos de crianças reproduzindo os jogos do Round 6 e outras brincadeiras perigosas”.

Para a psicóloga infantojuvenil, Suyane Romanholo Noronha Dias, que atua em um consultório em Maringá, as crianças e pré-adolescentes passaram a ficar cada vez mais expostos às telas devido ao período de pandemia, causando preocupação de estudiosos, profissionais e família. “Temos estudos científicos que comprovam o retardo no desenvolvimento infantil quando uma criança é exposta às telas, como celular, tablet, televisão, computadores, entre outros e de forma precoce, sem supervisão de um adulto”, explica.

Segundo ela, as crianças e pré-adolescentes ociosos consomem ainda mais os conteúdos das telas e os pais precisam ficar atentos frente a essa realidade. “O número de crianças que manifestam regressões aumentou significativamente na pandemia, como medo intenso, pesadelos e algumas voltam a fazer xixi na cama depois de assistirem vídeos assustadores nas redes sociais”, disse Suyane.

A psicóloga orienta aos pais para que fiquem atentos à classificação indicativa para proteção contra conteúdos audiovisuais inadequados para a faixa etária dos filhos: “Quando aparecer algo para além da idade de seu filho é hora de intervir. Se existe uma classificação é para ser seguida e cumprida, com isso trabalhamos a consciência dessa criança, regras e limites dentro de uma relação de confiança entre pais e filhos. E as crianças muito pequenas não precisam ficar expostas às telas, pois o que elas realmente necessitam é de estímulos como: livros, músicas, contato visual e conexão pelo brincar com seus cuidadores”, completa.

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