Ministra falou dos preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém (PA) em novembro, e como viabilizar 1,3 trilhão de dólares para o financiamento climático
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu durante o programa Bom Dia, Ministra desta quinta-feira (14/8) que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém (PA) neste ano, com a participação de 196 países, seja um marco para a definição de metas concretas rumo ao fim do desmatamento e à transição energética.
Vamos trabalhar para que a gente possa sair da COP 30 com um mapa do caminho para fazer uma transição justa e planejada para o fim de desmatamento, para o fim do uso de combustível fóssil”, afirmou
Um dos objetivos é viabilizar a meta de 1,3 trilhão de dólares anuais para o financiamento climático até 2035, definidos durante a COP 29, realizada no ano passado no Azerbaijão.
“Vamos reiterar o compromisso de triplicar a energia renovável, duplicar a eficiência energética, além de uma intensa agenda de ação que está sendo mobilizada, inclusive com instrumentos inovadores para o financiamento climático, como é o caso do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF)”, explicou.
Para a ministra, a conferência também deverá reforçar ações de adaptação, diante dos impactos já sentidos pela emergência climática.
Uma hora são chuvas torrenciais, outra hora são secas avassaladoras. E todos os fenômenos, inclusive como é o caso dos incêndios, vêm sendo agravados em função do aumento da temperatura, da baixa precipitação, diminuição das chuvas e de processos muito altos de evapotranspiração. Então, é preciso que façamos esforços de nos adaptar”, explicou
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Adapta Cidades
Nesse contexto, Marina apresentou o programa Adapta Cidades, voltado para preparar municípios frente a eventos extremos. A iniciativa já conta com a adesão de todas as unidades da Federação e prevê ações como sistemas de alerta rápido, obras de contenção de encostas, rotas de fuga e abrigos temporários.
“O programa Adapta Cidades já está programado para mais de 200 cidades num projeto pioneiro para criarmos um padrão de como a gente vai fazer o enfrentamento da emergência climática. E eu concluo dizendo que é preciso criar um novo marco legal, porque hoje a figura da emergência é só quando acontece o desastre, a catástrofe. Nós já sabemos cientificamente que existem algumas regiões que serão recorrentemente afetadas por esses eventos extremos”, falou.
Crédito: Agência Gov
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