Nesta terça-feira (27), o Tribunal de Recursos de Londres reabriu o processo contra a mineradora anglo-australiana BHP (parceira da Vale) pelo rompimento de uma barragem em Mariana (MG), que aconteceu no dia 5 de novembro de 2015, sendo considerado um dos maiores desastres ambientais do Brasil, um processo no valor equivalente a US$ 7 bilhões.
O rompimento da barragem de Fundão matou 19 pessoas e causou uma enxurrada de lama com mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minérios de ferro, que invadiu as águas do Rio Doce e várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Minas Gerais.
O processo estava suspenso desde o mês de novembro, quando um tribunal inferior alegou abuso processual. Cerca de 200 mil reclamantes brasileiros tentavam reverter a decisão da justiça.
“Embora compreendamos totalmente as considerações que levaram o juiz à sua conclusão de que a reclamação deveria ser rejeitada, acreditamos que o recurso tem uma perspectiva real de sucesso”, afirmaram três magistrados do Tribunal de Recursos na decisão emitida nesta terça-feira.
A ação coletiva é uma das maiores da história do sistema judiciário, movida por indivíduos, empresas, igrejas, organizações, municípios e povos indígenas brasileiros, sendo representados pelo escritório de advocacia PGMBM em Londres.