Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil é celebrado em 18 de maio

Ao suspeitar de qualquer forma de violência, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência - Foto: Natália Bezerra/PCPR

No próximo dia 18 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, data que reforça a necessidade de denúncia e de ações preventivas para enfrentar esse grave problema social.

A violência pode se manifestar de maneiras diversas, sendo física, emocional, sexual ou por negligência e, muitas vezes, os sinais passam despercebidos até por quem convive diariamente com a vítima.

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Ao suspeitar de qualquer forma de violência, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência. No Paraná, isso pode ser feito em qualquer delegacia. Em cidades maiores, os casos são encaminhados aos Núcleos de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), nos quais as equipes especializadas assumem a investigação.

Em municípios menores, as delegacias locais também estão preparadas para atuar nesses casos. A denúncia pode ser feita anonimamente pelo 181, do Disque-Denúncia, ou pelo 197, da PCPR, garantindo o sigilo e a segurança do denunciante.

Uma vez feito o registro, a criança ou adolescente passa por uma escuta especializada, conduzida por psicólogos treinados para acolher sem causar revitimização. Esse momento é essencial para dar início à investigação formal, que seguirá com a coleta de provas, depoimentos de pessoas próximas e análise de informações digitais, quando necessário.

A Polícia Civil do Paraná recomenda que famílias e escolas criem espaços de diálogo constante, nos quais crianças e adolescentes se sintam seguros para falar. Quanto maior a confiança nos adultos, maior a chance de revelar os abusos. “É dever de todo cidadão agir ao identificar qualquer forma de vulnerabilidade que atinge crianças ou adolescentes. A omissão também causa danos”, destaca o delegado Rodrigo Rederde.

Mudanças no comportamento

Queda no rendimento escolar, isolamento, agressividade, medo sem motivo aparente, retorno a comportamentos infantis (como urinar na cama) ou até mesmo um interesse precoce por temas ligados à sexualidade podem indicar que algo está errado.

No caso de adolescentes, o ambiente virtual também requer atenção redobrada. Jogos online, redes sociais e aplicativos de mensagens podem ser usados por agressores para praticar violência psicológica ou sexual..

A identificação de possíveis abusos, no entanto, exige sensibilidade e cuidado. É comum que familiares, ao perceberem algo estranho, tentem agir por conta própria. Iniciar uma investigação particular ou abordar diretamente um suspeito pode atrapalhar o trabalho da polícia e comprometer provas. “Temos casos em que pais, ao tentarem conversar com o agressor ou acessar conversas online, dificultam o andamento da investigação. O correto é sempre procurar as autoridades competentes”, reforça.

 

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