O Doodle do Google homenageia Cartola, o genial compositor brasileiro, nesta quarta-feira, 11, levando sites noticiosos de vários países, sobretudo do Brasil, a publicarem matéria sobre a importância de Angenor de Oliveira, o Cartola, e sua influência sobre seguidas gerações de compositores e cantores.
O doodle é uma forma que a Google utiliza para homenagear personagens e destacar datas históricas. Cartola está sendo destacado nesta quarta-feira por ser a data que completa 115 anos de seu nascimento.
A homenagem está levando vários sites noticiosos em todo o mundo, inclusive aqueles dedicados à divulgação cultural, a contar um pouco sobre a história do importante compositor brasileiro, autor de sucessos como “As rosas não falam“, que está de volta ao fazer parte da trilha da novela “Todas as flores”, da Globo.
Clicando em cima do doodle, o internauta será levado a uma animação com a voz de Cartola cantando “Preciso me encontrar“, mais conhecid como “Deixe-me ir”, de autoria de seu amigo Candeia, a única música gravada por Cartola que não é de sua autoria.
Quem é o gênio Cartola
Além do compositor genial, Cartola tem outras marcas importantes na história do samba e da música brasileira. Ele foi, por exemplo, um dos fundadores da Mangueira, uma das mais queridas escolas de samba do Brasil.
Junto com um grupo de amigos sambistas do morro, Cartola criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo em 1928 fundou a Estação Primeira de Mangueira. Ele compôs também o primeiro samba para a escola de samba, “Chega de Demanda”. Os sambas de Cartola se popularizaram na década de 1930, em vozes ilustres como Araci de Almeida, Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis e Sílvio Caldas.
Em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o primeiro de seus quatro discos-solo e sua carreira tomou um novo impulso com clássicos instantâneos como “As Rosas não Falam”, “O Mundo É um Moinho”, “Acontece”, “O Sol Nascerá” (com Elton Medeiros), “Quem Me Vê Sorrindo” (com Carlos Cachaça), “Cordas de Aço”, “Alvorada” e “Alegria”. No final da década de 1970, mudou-se do Morro da Mangueira para uma casa em Jacarepaguá, onde morou até a morte, em 1980.