Empresa pública que administra hospitais universitários e a coordenação de pesquisas vão selecionar 52 pesquisas para quatro áreas: saúde da mulher, da população em situação de vulnerabilidade, indígena, saúde digital, doenças negligenciadas, doenças raras e oncologia.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) anunciou, nesta quinta-feira (28), a implantação da Rede de Pesquisa e Extensão dos Hospitais Universitários Federais (Rede HU+). A ação prevê edital que irá selecionar 52 propostas de estudos na área da saúde desenvolvidos nos hospitais universitários federais vinculados à estatal e nas Instituições de Ensino Superior às quais esses hospitais estejam relacionados.
A Rede HU+ faz parte de um acordo da Ebserh com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Complexo Econômico-Industrial da Saúde do Ministério da Saúde (SECTICS). O edital será publicado pela Capes no dia 1º de setembro.
A Rede HU+ foi criada para fortalecer a pesquisa aplicada e a formação de recursos humanos voltados à qualificação da atenção em saúde prestada pelos hospitais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A previsão é que sejam investidos nos projetos R$ 75 milhões em cinco anos. As propostas deverão estar alinhadas a pelo menos um dos eixos estratégicos: saúde da mulher, saúde da população em situação de vulnerabilidade, saúde indígena, saúde digital, doenças negligenciadas, doenças raras e oncologia.
O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, reforçou a importância da cooperação no desenvolvimento dos projetos.
Essa iniciativa valoriza os hospitais da Rede Ebserh como locais que prestam um serviço fundamental para o SUS, mas ao mesmo tempo são locais de produção de conhecimento, fazendo pesquisa e inovação e, cada vez mais, fazendo a integração entre a área acadêmica das nossas universidades federais e os hospitais universitários geridos pela Ebserh”, afirmou.
Para o secretário adjunto da SECTICS, Eduardo Jorge Valadares, “quando conseguimos atrelar pesquisa, desenvolvimento, inovação e serviço de saúde, além da capacidade diferenciada de gerenciar, é possível ter um ambiente favorável para mostrar como uma ação articulada traz benefícios para o país, não só na questão assistencial, mas na criação de empregos qualificados e na criação de oportunidades tecnológicas”.
Além da ampliação da produção científica e acadêmica, a Rede HU+ vai potencializar o impacto na comunidade e na saúde pública, a partir do desenvolvimento de tecnologias e inovações e um legado e sustentabilidade, com projetos de pesquisa e extensão que garantam continuidade.
A presidente da Capes, Denise Carvalho, lembrou a capacidade de produção do Brasil. “O Brasil produz muito na área de saúde pública, mas ainda não utiliza essa produção para benefício da nossa própria sociedade. Espero que, por meio dessas redes, possamos utilizar no próprio país essa produção científica. O que estamos fazendo é uma semente para responder às demandas da nossa sociedade e do SUS”, explicou.
As modalidades que receberão financiamento de recursos para custeio e concessão de bolsas de iniciação compreendem extensão, mestrado, doutorado e pós-doutorado para potencializar também a integração entre as instituições de ensino superior e os hospitais universitários federias, que poderão compartilhar experiências e conhecimentos.
Crédito: Agência Gov
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