IMPRESSO
Maringá
  • HomeM
  • Maringá
  • Notícias Região
    • Floresta
    • Itambé
    • Mandaguaçu
    • Mandaguari
    • Marialva
    • Paiçandu
    • Santa Fé
    • Sarandi
    • Umuarama
  • Esportes
    • No Pé Delas
    • Na Área do Esporte
    • Na Raiz Do Esporte
  • Colunas
  • Saúde
  • Obituário
  • Publicações Legais
Maringá
No Result
View All Result

Engenheiro da “estaca zero” de Brasília preferia anonimato, diz filha

Por Erick Matias
4 de agosto de 2024

Com a roupa tomada de terra e suor, sobre o cavalo ou no caminhão, o engenheiro goiano Joffre Mozart Parada trabalhava sem parar. No dia a dia para viabilizar a nova capital do Brasil, o profissional, que era o chefe da equipe de topografia da Novacap, não via tempo ruim. Nascido em Vianópolis, em Goiás, foi ele o responsável por colocar a “estaca zero” como marco do terreno de início da construção de Brasília. 

A engenheira Thelma Párada fica feliz com o reconhecimento ao trabalho do pai. Foto:  Maria Eduarda Lima/Agência Ceub

Na última semana, a história foi reconhecida depois que, durante uma obra viária na capital, a estaca reapareceu na área de um viaduto entre a Asa Norte e a Asa Sul, e que simboliza o marco zero da capital.  Os trabalhos do engenheiro ficaram menos famosos, segundo a filha, Thelma Parada, porque o pai preferia o anonimato. “Ele era muito tímido. Quando apareciam fotos, até se escondia. Ele gostava muito de ficar atrás da máquina e ser o fotógrafo”, afirma a filha, de 69 anos, que também é engenheira. Ele morreu, no ano de 1976, perto de completar 52 anos, após um infarto.

Desapropriações

Thelma explica que o pai ficou responsável por ir até as fazendas, a partir do ano de 1955 (cinco anos antes da inauguração de Brasília), para fazer as desapropriações. A esposa dele, Mercedes, o acompanhava e fazia as anotações.  “Ela vinha com ele para as cidades próximas e trabalhava diariamente para ajudá-lo. E ele não parava o dia inteiro”. Como gostava mais de trabalhar do que falar, o engenheiro era discreto até no dia a dia. “O primeiro abraço forte que ele me deu foi o dia em que eu passei no vestibular para engenharia. Ele vibrou muito e me chamou de colega”.

Joffre, segundo recorda a filha, teve responsabilidade em adequar o projeto original do Plano Piloto, de Lúcio Costa, que se assemelhava a uma cruz. “Sob a sugestão do papai, ele passou a arquear as ‘asas’ do Plano Piloto para evitar inundações com as águas do Lago Paranoá”.

“Compulsivo”

As homenagens à memória de Joffre, no entender da filha, têm relação com uma maior conscientização em resgatar as histórias da cidade, que completou 64 anos em abril. “As pessoas já estão mais preocupadas com a história. Ele faleceu ainda no regime militar”. Depois do golpe de 1964, o engenheiro pensou em deixar Brasília. “Ele estava muito triste e decepcionado e pediu licença do trabalho”. A própria família não sabia mais sobre as motivações porque ele “não era de falar” sobre esses temas em casa.

Área superior da Rodoviária de Brasília. na interseção das asas Norte e Sul, cortada pelo Eixo rodoviário de Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Todos estranharam porque o engenheiro era considerado inventivo e um workaholic (trabalhador compulsivo”. “Sábado e domingo lá em casa era cheio de gente. A casa vivia cheia de mapas e pedras e equipamentos ali espalhados em toda a casa.. Como ele fez o levantamento de todo o DF, ele conhecia tudo muito bem”. Como era engenheiro de minas, as pessoas levavam pedras diversas para que ele analisasse. A filha não lembra do pai em muitos momentos de diversão. “Parava sempre apenas para assistir ao jornal na televisão”.

A filha avalia que o trabalho incansável ia além das obrigações profissionais. Ela recorda que o pai era esperançoso com a mudança da capital para ser um local de mais justiça. “Eu mesma só entendi sobre o papel dele para a construção depois que ele morreu, de ser o primeiro engenheiro de Brasília”.

Fonte: Agência Brasil

Tags: anonimatoBrasíliadizengenheiroestacafilhapreferia

Outros Posts

Paulo Henriques Britto é empossado como novo membro da Academia Brasileira de Letras
Geral

Escritor Paulo Henriques Britto é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras

14 de setembro de 2025
Depois de 50 anos, autoridades argentinas identificam o corpo de Tenório Júnior, pianista brasileiro morto pelo regime militar em Buenos Aires
Geral

Depois de 50 anos, identificado o corpo de Tenório Júnior, pianista assassinado na Argentina

13 de setembro de 2025
Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha agora são patronos da Música Popular Brasileira
Geral

Lula assina Lei que torna Pixinguinha e Lupicínio Rodrigues patronos da MPB

13 de setembro de 2025
Geral

Não há “ditadura da toga” no Brasil, afirma Gilmar Mendes

7 de setembro de 2025
277 cidades paranaenses tiveram saldo positivo nas contrações no mês passado
Geral

Polícia usa gás lacrimogêneo para despejar ocupantes de prédio no Rio 

7 de setembro de 2025
Geral

Caminhos para Exu celebra resistência dos povos de terreiro no DF

7 de setembro de 2025
  • Impresso
  • Fale Conosco
  • Política de Privacidade
  • Publicações Legais
  • Quem Somos

Editora Dia a Dia – O Maringá

CNPJ: 31.722.654/0001-52
ENDEREÇO: Estácio de Sá, 1251,
Zona 2 CEP: 87005-120
(44) 3305-5461

© 2025 O Maringá - O Jornal a serviço de Maringá e região.

No Result
View All Result
  • Home
  • Maringá
  • Região em Destaque
    • Floresta
    • Itambé
    • Mandaguaçu
    • Mandaguari
    • Marialva
    • Paiçandu
    • Santa Fé
    • Sarandi
    • Umuarama
  • Policial
  • Economia
  • Esportes
    • Na Área do Esporte
    • Na Raiz do Esporte
  • Geral
  • Colunas
  • Saúde
  • Obituário
  • Jornal Impresso
  • Outros
    • Publicações Legais
    • Fale Conosco
    • Quem Somos

© 2024 O Maringá - Todos Os Direitos Reservados.

Esse website utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este website está a dar consentimento à utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.