Os dados foram coletados e se referem ao 4º trimestre de 2022 e fazem parte do módulo Teletrabalho e Trabalho por meio de Plataformas Digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Realizado pela primeira vez o estudo levantou a quantidade de trabalhadores que utilizam aplicativos, seja de transporte particular de passageiros (a mais utilizada com 47,2%), de serviços de entrega de comida, produtos (a segunda mais usada com 39,5%), aplicativo de táxi e outros.
Para o analista do levantamento, Gustavo Geaquinto, a coleta de dados feita de forma pioneira é de suma importância. “Consideramos fundamental a disponibilização de uma base de dados eu possibilite melhor quantificar e compreender o fenômeno da plataformização do trabalho no país”. Segundo o IBGE as estatísticas estão em fase de teste.
Em Maringá
A pesquisa apontou também que mais de 81% dos trabalhadores plataformizados são homens. Em Maringá, nós colhemos algumas informações com José Carlos Fernandes de Oliveira, que por um período trabalhou em aplicativos de transporte de passageiros e também em entrega de comida. Oliveira conta que o primeiro passo para iniciar os serviços foi incluir o “exerce atividade remunerada” (EAR), item obrigatório. “Eu gostava de trabalhar a noite, era mais tranquilo e na época eu já tinha um emprego fixo, então não precisava trabalhar todos os dias”, explica.
Ele destaca ainda os desafios no começo desse tipo de trabalho, dizendo que com o passar das viagens ou entregas o serviço ia ficando mais claro. “As vezes demorava para chegar uma corrida, a gente não conhece muito bem como funciona. No começo a gente aceita qualquer viagem e acaba indo muito longe e assim não compensando pelo gasto”.