A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) está reivindicando a reavaliação do Plano Nacional de Imunização (PNI) e a inclusão dos profissionais da imprensa nos grupos preferenciais para a vacinação em combate ao coronavírus. Com isso, ontem a federação entrou com uma uma ação civil pública contra a União no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). No mês passado, a entidade criou uma campanha online para intimidar o governo federal sobre o assunto.
Dessa maneira, a Fenaj também exibiu ao lado do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), um pedido de aprovação Amicus Curiae no Supremo Tribunal Federal (STF). As entidades solicitam para ser ouvidas para que possam fornecer fundamentos na reclamação constitucional ingressada pelo Ministério Público da Bahia, que tenta dificultar a imunização de jornalistas no estado. Em Salvador, a vacinação da classe iniciou na semana passada.
A principal justificativa da Fenaj são as quantias de mortes entre profissionais da imprensa monitorados diariamente em todo o Brasil. Em uma live realizada ontem a noite, a entidade apresentou os dados mais recentes sobre os casos de coronavírus na classe: neste ano, em média um jornalista morreu vítima do vírus no Brasil. Em números concretos, 155 trabalhadores da comunicação morreram entre janeiro e o dia 3 de junho de 2021, uma elevação de 280% em relação aos óbitos registrados em 2020.
Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Amazonas centralizam mais de um terço, ou seja, 37,8% dos óbitos. A faixa etária de 50 a 70 anos corresponde por metade das mortes em 50,4%. Em termos gerais, a idade média das vítimas é de 59,5 anos. Se forem levadas em consideração somente mulheres, a idade cai para 49,5 anos.