Focos de calor crescem quase seis vezes em agosto no Paraná

O acompanhamento em tempo real, que utiliza dados da satélites da Nasa e do Inpe - Foto: Defesa Civil do Paraná

O Paraná registrou cerca de 20 mil focos de calor devido à estiagem no estado e somente em agosto, a ocorrência de focos de calor foi quase seis vezes maior que o registrado no mês de julho.

Para saber onde estão estes focos de calor, o Paraná utiliza imagens geradas por satélites do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) e visualiza em tempo real o surgimento de possíveis incêndios, monitorando 24 horas por dia, todos os dias da semana.

O Decreto 7.258 assinado pelo governador Ratinho Junior na quarta-feira, 4, que coloca o estado em situação de emergência decretada por causa da estiagem, atinge vários municípios. Ele determina, entre outras medidas, a mobilização dos órgãos estaduais, sob coordenação da Defesa Civil Estadual, para atuar na detecção e combate a incêndios.

Em tempo real

Uma das principais ferramentas para a detecção precoce de incêndios é a plataforma VFogo desenvolvida pelo Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar). O acompanhamento em tempo real, que utiliza dados da satélites da Nasa e do Inpe, conta com uma dezena de satélites de agências europeias e americanas que geram imagens, alguns deles com atualização cada 10 minutos.

Quando um foco de calor suspeito é identificado, a Defesa Civil e o Simepar comunicam o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), encarregado de conferir a situação no local apontado. Este ano houve 77 comunicados, sendo 38 somente no mês de agosto. Em todo Estado são monitorados mais de duzentos mananciais, além das Áreas de Proteção Ambiental (APAs), parques estaduais e nacionais.

Os técnicos acompanham a evolução das imagens e sempre que há sobreposição e ampliação dos pontos sensíveis, é enviada uma mensagem para o Corpo de Bombeiros Militar informando sobre estas anomalias térmicas.

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