A Índia está experimentando fazer entregas por meio de drones a dezenas de quilômetros de distância, o que facilita na distribuição de remédios e imunizantes em combate ao coronavírus para lugares remotos do País.
Desde o mês passado, 20 empresas e organizações estão permitidas a conduzir voos de modo experimental, além do limite de 450 metros determinado pelo governo indiano.
Entre as empresas está a Throttle Aerospace Systems, que realizou ontem no estado de Karnataka, voos de teste de dois drones. Um percorreu 20 km com uma carga de 1 quilo, já o outro foi de 15 km com um pacote de dois quilos.
“A carga útil era medicamentos (…) O drone percorreu 2,5 km em sete minutos, entregou os remédios no local previsto e depois voltou ao ponto de partida”, afirmou à AFP Sebastian Anto, cofundador da Throttle.
O governo também deu início a uma licitação pública para empresas de drones, com o intuito de conceber um projeto de envio de produtos médicos para fortalecer a campanha de imunização contra a covid-19.
O diretor de epidemiologia do conselho indiano de pesquisa médica, Samiran Panda, revelou que a tecnologia pode ajudar na vacinação dos grupos preferenciais em lugares de difícil acesso.
“A tecnologia dos drones terá um impacto enorme nas regiões afastadas”, disse Vipul Singh, cofundador da empresa Aarav Unmanned Systems e da Drone Federation of India, em Bangalore.
Com 1,3 bilhão de habitantes em um território de 3,2 milhões de quilômetros quadrados, isto é, o sétimo maior país em superfície do mundo, a Índia encara uma onda violenta de coronavírus e acumula mais de 388.000 mortes desde o começo da pandemia.