Com a Black Friday, quantia de livros vendidos aumenta faturamento, aponta pesquisa

Com a pandemia, venda de livros cresce no primeiro semestre deste ano na Suécia; livros infantis são os mais procurados

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Os atos promocionais feitos por varejistas no decorrer da Black Friday ajudaram para crescer a quantia de livros vendidos e o faturamento do departamento no Brasil, no 12º período deste ano. É o que aponta a pesquisa Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizada pelo Nielsen BookScan e publicada ontem pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

A investigação mostra que entre os dias 8 de novembro e 5 de dezembro de 2021, foram vendidos no país 5,7 milhões de livros, com movimentação financeira de R$ 216,8 milhões, alta de 30,5% em volume e 32,5% em faturamento, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2020, o 12º período registrou a venda de 4,3 milhões de exemplares, sucedendo em receita de R$ 163,6 milhões.

A pesquisa revela que a quantia de espécie de identidade para publicações (ISBNs) comercializadas também aumentou em comparação a 2020, atingindo diferença positiva de 11,2%. De acordo com o SNEL, esse número sinaliza que as editoras passaram a publicar mais títulos e os consumidores estão em busca de novidades, o que comprova o crescimento do hábito da leitura no Brasil.

No acumulado de 2021, foram vendidos 49,6 milhões de livros, com receita de R$ 2 bilhões, expondo crescimento de 32,7% em volume e de 31,3% em faturamento. Em 2020, a categoria registrou 37,3 milhões de obras vendidas, com faturamento de R$ 1,5 bilhão.

Para essa ampliação colaboraram os descontos atribuídos pelo setor, que derrubaram o preço médio, mesmo com a inflação para o exercício, estimada em mais de 10%, disse o gestor da Divisão Nielsen Book Brasil, Ismael Borges. Conforme ele, o desconto visto foi o maior dos dois últimos ciclos anuais, atingindo 25,52%, caracterizando 2,81 pontos percentuais acima do desconto médio praticado em 2020.

Para a execução do Painel, os dados são coletados diretamente do caixa das livrarias, comércio eletrônico e varejistas colaboradores. As informações são recebidas eletronicamente em formato de banco de dados. Depois do processamento, os dados são enviados virtualmente e atualizados a cada semana.

O Nielsen BookScan é o primeiro serviço de monitoramento de vendas de livros no mundo, existente em 11 países, como Reino Unido, Irlanda, Austrália, Itália, Espanha, Polônia, Nova Zelândia, África do Sul, Índia, México e Brasil. O resultado do trabalho é um forte mecanismo de decisão para as editoras que atuam com estes dados. O SNEL divulga o Painel das Vendas de Livros no Brasil a cada quatro semanas.

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