Ação coordenada da Polícia Federal, Receita Federal e Ministérios Públicos desarticula organizações criminosas envolvidas em esquemas bilionários nos setores financeiro e de combustíveis
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o País assistiu à maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado com as três operações deflagradas simultaneamente, nesta quinta-feira (28/8), nos setores financeiro e de combustíveis, envolvendo 10 estados.
“Nosso compromisso é proteger cidadãos e consumidores: cortar o fluxo de dinheiro ilícito, recuperar recursos para os cofres públicos e garantir um mercado de combustíveis justo e transparente, com qualidade e concorrência leal”, registrou Lula em rede social.
As operações Quasar, a Tank e a Carbono Oculto tem o objetivo de desarticular organizações criminosas envolvidas em esquemas bilionários de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e fraudes no setor de combustíveis. Lula afirmou que a ação coordenada da Polícia Federal, Receita Federal e Ministérios Públicos estaduais permitiu acompanhar toda a cadeia e atingir o núcleo financeiro que sustenta as práticas ilícitas.
“Seguiremos atuando com coordenação e seriedade para dar segurança às pessoas e estabilidade à economia”, finalizou o presidente.
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Participação de fintechs
No final da manhã desta quinta-feira, uma entrevista coletiva detalhou as operações com a participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; e da subsecretária de Fiscalização da Receita Federal, Andrea Costa Chaves.
Fernando Haddad afirmou que o Estado brasileiro inaugurou uma nova forma de combate ao crime organizado ao integrar órgãos do Governo Federal, ministérios públicos e órgãos estaduais. “Nós estamos atuando hoje em 10 estados brasileiros. Então, é uma mega-operação que envolveu a fiscalização de fundos por onde passaram R$ 52 bilhões em quatro anos”, disse.
O ministro destacou que bens dos criminosos foram bloqueados, o que vai enfraquecer a atuação do crime organizado e também ressarcir os cofres públicos.
Porque quando você tira o dinheiro do crime, ele tem dificuldade de se reorganizar”.Haddad lamentou que fintechs tenham servido de veículo para o crime organizado lavar dinheiro e anunciou mudanças. “Isso tem nos preocupado muito. A partir de amanhã, a Receita Federal enquadra as fintechs como instituição financeira”, disse.
Ele explicou que esse enquadramento faz com que as fintechs tenham que cumprir rigorosamente as mesmas obrigações que os grandes bancos, o que aumenta o potencial de fiscalização.
De acordo com o ministro, um expediente muito utilizado pelos criminosos é o de abrir e fechar a CNPJ. “E há indícios claros de alguns poucos grupos econômicos que se valem desse tipo de manobra para escapar das malhas da Receita Federal”, diz Haddad.
As operação desta quinta-feira lançaram autos de infração que já somam R$ 8 bilhões. Esse volume, avalia Haddad, será muito maior quando as investigações forem concluídas.
Crédito: Agência Gov
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