O Fórum de debates é direcionado para líderes que participam do diálogo público e apresenta perspectivas para o futuro da liderança no país. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, participou da abertura e destacou a importância de realizar eventos que fortaleçam a liderança nacional. “A expressão líder e a transformação que um líder pode fazer no seu ambiente é formidável e imprescindível. É por isso que devemos valorizar o polo de liderança nacional e o Líderes em Movimento. O Sebrae aplaude e apoia essa iniciativa e valorizamos esse trabalho”, ressaltou Melles. Também participaram da abertura o diretor-superintendente do Sebrae Paraná, Vitor Tioqueta, e o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Paraná, Fernando Moraes. Ambos destacaram a importância do evento para gerar reflexões para líderes do país.
O primeiro palestrante do dia foi o economista, professor e PhD Eduardo Gianetti, que traçou um panorama do mundo pós-pandemia com as certezas e incertezas futuras. “Temos três certezas: nós vamos para um mundo que está mais endividado, para um mundo menos globalizado e para um mundo mais digitalizado. Não sabemos ainda o desenrolar desse drama que é a corrida armamentista entre o vírus e a engenhosidade humana. Não sabemos ainda como reagirá o organismo econômico depois que ele sair da UTI e não sabemos ainda que vetor deve dominar o comportamento humano: se a prudência, a ousadia ou o desafogo no momento que a situação definitivamente se normalizar e nós estivermos confiantes de que a vida voltou minimamente ao normal”, ressaltou.
Gianetti também destacou os tipos de liderança existentes. De acordo com ele, o estudo das lideranças nas organizações mostra a existência de três grandes modelos do modo de exercer o papel de líder. A primeira é a Liderança por Coerção, em que prevalece a autoridade e a obediência e que é o modelo mais tradicional. O segundo modelo é o da liderança por regras e incentivos, a organização determina regras e a existência de incentivos e punições associadas a essas normas. O terceiro modelo é o modelo calcado na mobilização e valores. “O que vale aqui é a internalização dos valores e da missão para qual a organização existe. Esse modelo está muito calcado no sentido de pertencimento e de autonomia”, comentou o economista.
Logo em seguida, Silvio Meira, cientista, professor e empreendedor, falou sobre a liderança da transformação digital e a ruptura dos sistemas de governança e o papel do líder nesse processo. Ele citou que o crescimento tecnológico e a era digital têm feito os líderes se capacitarem cada vez mais e explicou que o mundo acelerou cinco anos ao longo da pandemia e que caminha para um mundo “figital”, que mistura físico com o digital. “Nesse espaço de rupturas, a forma da gente ter ideia de como mudar ou evoluir o nosso negócio mudou. Foi trocado por pensar em redes. Isso demanda adaptação dos nossos princípios para competir”. Silvio explicou que isso é uma transformação figital. “A inovação figital usa plataformas digitais para habilitar e fomentar novos comportamentos dentro e fora do negócio, culminando com a transformação estratégica”, ao afirmar que isso é muito mais do que trazer novas tecnologias para o negócio e sim muito mais transformação.
Além de Eduardo Gianetti e de Silvio Meira, o evento ainda contará com a participação da psicanalista, mestre e doutora em Psicologia Vera Iaconelli; do fundador da Eco-Ecletic, Dr. Binish Desai, conhecido como o homem da reciclagem na Índia; o Maestro Evandro Matté, diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre; o cofundador na Super-Humanos Consultoria, Rodrigo Giaffredo, especialista em cultura ágil nas empresas; o doutor em Filosofia e colunista da Veja e BandNews, Fernando Schüller; a poetisa, filósofa, psicóloga e psicanalista, Viviane Mosé.