O Ministério da Saúde anunciou recentemente a destinação de R$ 90 milhões para fortalecer o cuidado e a nutrição das crianças no Brasil.
De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), realizada no ano de 2019, revelou que 7% das crianças brasileiras menores de cinco anos estão com excesso de peso e 3% estão obesas. As regiões Nordeste (3,4%), Sul (3,4%), e Sudeste (3,1%) têm maiores índices de obesidade infantil. O estudo avaliou 14.558 crianças com idade de 0 a 59 meses.
“Vamos prevenir a obesidade infantil: 1,2,3 e já!”, é o lema da campanha lançada para deter a doença entre os brasileirinhos, que foi firmada com a assinatura de duas portarias. A primeira portaria assinada no dia 10 de agosto instituiu a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade infantil (Proteja), com o objetivo de articular as iniciativas nos estados, no Distrito Federal e nos municípios. A segunda destina três parcelas de R$31,9 milhões por ano, durante três anos, para cidades de até 30 mil habitantes que registraram, em 2019, sobrepeso em mais de 15% das crianças menores de 10 anos.
Obs: os municípios que se enquadram nos critérios estipulados pelo texto das portarias podem fazer a adesão ao incentivo financeiro até o dia 20 de setembro.
Os focos principais da medida são a vigilância alimentar e nutricional; o diagnóstico precoce e cuidado adequado às crianças; e a promoção da saúde nas escolas para que possam promover a prática de exercícios físicos e o consumo de alimentos saudáveis, para diminuição do sedentarismo.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, ressalta a importância do trabalho em conjunto para oferecer alimentos de qualidade para as crianças, seja em casa ou nas escolas. “O que o Ministério da Saúde está fazendo hoje é algo importantíssimo porque somente os que têm conhecimento técnico podem orientar o que o MEC vai colocar nas nossas escolas para as crianças. Todos os anos nós gastamos R$2,5 bilhões com programa de alimentação escolar nas escolas públicas para colocar comida nas mesas das nossas crianças brasileiras”, disse.
Painel nutricional
O Ministério da Saúde criou um painel para apoiar os estados e municípios no acompanhamento nutricional das crianças menores de 10 anos na Atenção Primária à Saúde (APS). Com esta plataforma é possível acessar dados por estado e o percentual de crianças, por faixa etária, que apresentam sobrepeso, obesidade, peso adequado ou abaixo do normal. Clique aqui para acompanhar o painel.
Curso sobre obesidade infantil
A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) desenvolveu um curso online, voltado para profissionais de saúde, sobre prevenção e controle do excesso de peso. O curso “Obesidade Infantil: uma visão global da prevenção e controle na atenção primária” é disponibilizado na plataforma Avasus (https://avasus.ufrn.br/) com carga horária de 40 horas, que tem como proposta ampliar a discussão sobre o cuidado e a saúde da criança com excesso de peso.