O panorama para os investimentos em 2024 já está delineado, apresentando diversas expectativas tanto no cenário internacional quanto no nacional. Diversos fatores como a situação de guerra, desaceleração nas economias desenvolvidas, como a China, e a iminente eleição presidencial nos Estados Unidos, destacam-se como pontos de atenção e podem indicar os melhores cenários onde investir em 2024.
No contexto brasileiro, a redução na taxa de juros, a aprovação da Reforma Tributária, a inflação sob controle com uma queda consecutiva pelo segundo ano e a desvalorização do dólar são fatores que podem impulsionar os investimentos.
O foco principal vai estar na diminuição das taxas básicas de juros, indicada pela pesquisa Focus do Banco Central, que prevê a Selic encerrando o próximo ano em 9,25%, projetando um juro real de 5,32%. Atualmente, a taxa está em 11,75%, e a expectativa é que atinja 10,75% até março, segundo o BC.
Diego Ramiro, economista e presidente da Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos, destaca a necessidade de os investidores acompanharem de perto eventos políticos, como as guerras na Ucrânia e Israel, além das mudanças na legislação tributária brasileira, que podem influenciar as decisões de investimento.
“As variáveis devem ser minuciosamente analisadas. A previsão de queda na taxa de juros pode ser alterada caso as guerras persistam, impactando no aumento das commodities, preço do petróleo, energia e alimentos, o que poderia manter ou até elevar as taxas de juros” – explica Ramiro.
Segundo o economista, o mercado de fundos tem potencial para um desempenho robusto, recuperando a posição perdida para a renda fixa em 2023. A renda fixa tradicional, vinculada ao crédito privado, é vista como uma opção atraente. O mercado de ações também deve apresentar um bom desempenho, com atenção especial para eventos como a aprovação da Reforma Tributária e a nomeação do novo presidente do Banco Central.
Perspectivas para Investimentos
Em tempos de incertezas geopolíticas, a diversificação da carteira é importante, minimizando os riscos. Renda fixa, ações de qualidade e outros investimentos alternativos devem ser combinados, avaliando cuidadosamente os riscos e cenários futuros.
Umas das opções tem sido os ativos florestais, considerado uma opção segura com retorno econômico a longo prazo. O plantio comercial de florestas de mogno africano desponta como uma alternativa de alta rentabilidade, produzindo madeira nobre valorizada nos mercados norte-americano e europeu. O investidor pode considerar este ativo, que tem ganhado visibilidade, não apenas pelo aspecto econômico, mas também pelos benefícios socioambientais.
“Neste caso tem um componente que em crise acaba sendo benéfico, como o ativo florestal não oscila por questão de mercado e já tem um preço internacional estabelecido, é uma forma de proteger o patrimônio, uma modalidade promissora” – lembra Ramiro.
Um dos maiores polos florestais de Mogno Africano é do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF) e fica concentrado na região central de Minas Gerais.
André Barral da Fazenda Holanda foi atraído pelo investimento em floresta de Mogno no Polo Florestal. “Analisei a rentabilidade da operação e o fato de não ter oscilação, como acontece no mercado financeiro que sofre diversas ações externas, ameaçando os investimentos. O fato de a floresta ser algo físico e a madeira ser um material que com os anos vai se tornar cada vez mais escasso e valorizado também me chamou a atenção, assim como a questão sustentável”.
O investidor não precisa ter conhecimento prévio sobre o plantio e gestão florestal, uma vez no Polo Florestal de Mogno Africano gerido pelo IBF, todas as etapas são geridas pela empresa, desde a venda até plantio e a venda da madeira. A segurança do projeto transita entre a experiência da empresa com florestas comerciais e a terra ficar no nome do investidor, garantindo know-how na operacionalização das atividades, além da posse da propriedade.
Em um país economicamente instável, o agronegócio, em especial a silvicultura, é considerado um investimento sólido. Rodrigo Corrêa de Barros da Fazenda América vê o Mogno Africano como “uma promissora opção de investimento para construir um plano de aposentadoria lucrativo e rentável”.