O ministro da Saúde da Província de Buenos Aires, na Argentina, Nicolás Kreplak, e sua comitiva visitaram a Fiocruz, na última sexta-feira (8/8), para uma reunião com objetivo de identificar áreas de cooperação. A visita ocorreu após Kreplak ter se reunido com o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, para debater possibilidades de aproximação entre Argentina e Brasil, e a Fiocruz ter figurado entre as instituições de destaque nesse caminho.
A Fiocruz tem muitas áreas com possibilidade de parcerias, como os Centros Colaboradores com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A intenção é que sejam desenvolvidos projetos de cooperação de curto a médio prazo. Para isso, alguns temas identificados foram: educação e formação, vigilância em saúde, arboviroses e Atenção Primária.
Ainda entre os pontos identificados como prioritários, destacou-se a experiência brasileira no avanço do combate à fome. Nesse sentido, foi mencionada a ideia de trabalhar em estratégias de capacitação de recursos humanos em vigilância alimentar para grupos de risco, guias alimentares e vigilância comunitária, envolvendo diferentes áreas e unidades da Fiocruz, como vice-presidências, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF). Estes campos estão inseridos no contexto do do Plano quinquenal de Saúde para a província de Buenos Aires – 2023-2027. O Sistema de Saúde da Provincia de Buenos Aires é o maior da Argentina, atendendo mais de 17 milhões de pessoas.
“Vejo um potencial grande para o desenvolvimento de uma cooperação sistêmica, baseada numa perspectiva ampla, integrada, técnica e política”, pontuou o vice-presidente adjunto de Saúde Global e Relações Internacionais (VPSGRI/Fiocruz), Marcelo Pelajo. “Após essa reunião inicial, vamos estruturar planos de trabalho que poderão seguir com as áreas técnicas específicas de cada instituição”.
O ministro Nicolás Kreplak afirmou que sua equipe chegou com grande expectativa de aprofundar o relacionamento com a Fiocruz, classificada por ele como “uma das instituições mais importantes em toda a América Latina”. “Queremos avançar na criação de diversos acordos em questões epidêmicas-chave, como sarampo e dengue; em pesquisa e treinamento e na troca de experiências”, disse o ministro, ao elencar áreas de interesse.
Kreplak faz parte do campo político peronista, caracterizando-se como oposição às políticas privatizantes do presidente argentino, Javier Milei.
A delegação argentina foi composta pela subsecretaria de Planejamento do Ministério da Saúde da Província de Buenos Aires, Leticia Ceriani; o chefe de gabinete, Salvador Giorgi;o diretor de Imprensa e Comunicação, Ignacio Darguibel; a diretora Provincial de Redes e Continuidade de Cuidados da Província de Buenos Aires, Noelia Lopez, e o diretor Provincial de Infância e Adolescência da Província de Buenos Aires, Federico Paruelo.
Pela Fiocruz, participaram também o assessor para América Latina da VPSGRI/Fiocruz, Sebastian Tobar; a diretora da EPSJV/Fiocruz, Anamaria Corbo; o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da Ensp/Fiocruz, Eduardo Melo; o pesquisador sênior da Ensp/Fiocruz, Paulo Amarante; a coordenadora de Vigilância e Laboratórios da Referência da Presidência da Fiocruz, Tânia Fonseca; o coordenador de Promoção da Saúde da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), Valber Frutuoso; e o coordenador de Educação Internacional da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), André Périssé.
Crédito: Agência Gov
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