O Índice de Confiança da Construção (ICST) medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) subiu 0,8 ponto em fevereiro, acumulando 94,4 pontos – depois de quatro meses seguidos de queda. O ICST representa a percepção dos empresários em relação ao passado recente, ao cenário atual e às perspectivas do setor para o futuro.
Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,4 ponto, mas a reação positiva reacendeu o otimismo entre construtores e profissionais do ramo.
Para a economista Ana Maria Castelo, desde as eleições do ano passado o mercado demonstrava insegurança em relação ao que iria acontecer: “Nos últimos quatro meses, as expectativas haviam se deteriorado, em função das incertezas no ambiente – tanto macroeconômico, como setorial”, explicou.
No entanto, segundo ela, a expectativa dos empresários da construção melhorou principalmente depois do lançamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal. “Esse anúncio trouxe um novo ânimo e isso se reverteu, de uma forma favorável, em relação às expectativas e às demandas para os próximos meses”, esclareceu a economista.
Confiança
“A confiança tem dois componentes: um se refere à percepção em relação à situação corrente dos negócios e às perspectivas em relação ao que vai acontecer”, detalhou, adiantando: “Foi esse componente, de expectativas, que desde outubro tinha registrado uma piora significativa em função das incertezas do que iria acontecer com a economia e com o setor”.
Reação
Contudo, de acordo com a economista, a construção demonstrou uma reação favorável no mês de fevereiro, com um crescimento de 3,4 pontos em relação ao mês anterior – já feito o ajuste sazonal e com o segmento de edificações.
“Isso provocou a melhora nas expectativas, certamente reagindo ao anúncio do novo programa Minha Casa Minha Vida”, apontou Castelo, que atua como coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.