Primeiros ucranianos refugiados da guerra são recebidos no Paraná

ucranianos refugiados chegam ao paraná

Primeira igreja Batista de Curitiba recebe refugiados ucranianos Foto: José Fernando Oguro

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O Paraná recebeu nesta sexta-feira, 18, um grupo de 29 ucranianos, em sua maioria crianças e mulheres, refugiados da guerra Rússia e Ucrânia. O grupo deve permanecer dois dias em Curitiba, alojados na Primeira Igreja Batista (PIB). Depois disso, os ucranianos refugiados seguirão para Guarapuava, na Região Central, onde ficarão sob cuidados de diferentes denominações evangélicas até que casas sejam construídas em Prudentópolis, na Região Centro-Sul, a cidade brasileira que tem a maior comunidade ucraniana.

Outro grupo de cerca de 50 refugiados chegará ao Paraná na próxima semana.

O governador Ratinho Júnior recebeu os ucranianos refugiados e colocou a estrutura do Estado à disposição dos novos paranaenses Foto: José Fernando Ogura

O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) recepcionou os europeus e colocou a estrutura do Estado à disposição. Também o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, recebeu o grupo. A força-tarefa contará com serviços de saúde, educação, apoio psicológico, encaminhamento para emprego, além de agilizar questões burocráticas, entre apoios necessários.

“O Paraná tem o maior número de descendentes ucranianos do Brasil, então nos sentimos felizes em poder ajudar as pessoas neste momento tão duro. Temos, por exemplo, escolas em Prudentópolis em que a alfabetização é na língua natural deles, o que já facilita muito. Vamos fazer o que for possível para poder ajudá-los”, afirmou Ratinho Junior. “O Paraná recebe de braços abertos essas famílias. Queremos ser sua segunda casa para que eles possam reconstruir suas vidas”.

Os serviços estaduais de atendimento aos ucranianos refugiados ficará centralizado na Superintendência Geral de Relações Institucionais, vinculada à governadoria.

Ucranianos refugiados reencontram as tradições

“Existem coisas que o terceiro setor pode fazer, mas há ações que são prerrogativas do Estado. Vamos abrir o Estado para esses refugiados ucranianos, auxiliando de todas as maneiras, seja resolvendo possíveis entraves diplomáticos ou oferecendo toda estrutura na área de saúde e educação, por exemplo. A determinação do governador Ratinho Junior é para que não falte nada a eles”, disse o superintendente do órgão, Daniel Vilas Bôas. “É uma força-tarefa na verdade, onde o amor prevalece”.

A colônia ucraniana do Paraná mostrou aos refugiados que as tradições são conservadas Foto: José Fernando Ogura

HUMANITÁRIA – Responsável pela primeira acolhida do grupo, o pastor da PIB Paschoal Piragine Júnior explicou que a ajuda humanitária envolve mais de 2 mil igrejas no mundo. Esse grupo, inclusive, já conta com orçamento próprio para a construção das casas em Prudentópolis – Governo do Estado e prefeitura municipal estão se organizando para viabilizar a doação do terreno.

“Esse grupo vai ficar aqui no mínimo um ano, se não migrarem definitivamente. Essas crianças precisam de saúde, de educação, de cuidados que nós não temos capacidade para fazer, como tomar vacinas. Por isso precisamos do apoio do governo estadual”, destacou.

“Essas 29 pessoas escolheram vir para o Brasil e vão escolher se querem ficar aqui ou não depois que a guerra acabar. Precisamos estar prontos para ajudá-los”, completou o pastor Elias Dantas, que acompanhou o grupo desde a fronteira da Ucrânia com a Polônia, uma viagem de sete dias, por questões burocráticas, até o desembarque na igreja curitibana.

 

Em Prudentópolis, estudantes fazem trabalho sobre a guerra

Ao se tornarem parte da comunidade paranaense, os ucranianos refugiados vão perceber que os assuntos refrentes à guerra entre a Russia e a Ucrânia, que acontece há um mês, é assunto do dia a dia no Paraná, tanto para adultos, quanto para crianças. O assunto está até nas escolas.

Na cidade paranaense de Prudentópolis, no Centro-Sul, onde fica a maior comunidade ucraniana do Brasil, professores e pedagogos da rede estadual de ensino estão promovendo atividades voltadas à compreensão dos fatores que levaram à invasão da Ucrânia pela Rússia e suas consequências. Os alunos foram chamados para fazer pesquisas sobre a guerra, gravar vídeos e criar poemas, cartazes, murais e outros tipos de material artístico.

“Há muitos descendentes de ucranianos no colégio. Isso faz com que eles tenham mais interesse em pesquisar, procurar saber o que está acontecendo”, diz a pedagoga Vera Lucia dos Santos Baldigm, do Colégio Estadual do Campo Imaculada Conceição, localizado na comunidade ucraniana de Ligação, na zona rural de Prudentópolis.

 

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