Nos últimos seis anos, quando se fala em produção científica na Universidade Estadual de Maringá (UEM) são as mulheres que tem muito o que comemorar. Além da data de hoje, 11 de fevereiro, ser o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a instituição, ocupa o primeiro lugar do Brasil em produção científica liderada por mulheres. Do total de projetos de pesquisa, 55% têm participação feminina, seja de docentes ou alunas.
Os números internos foram levantados pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) da universidade. Os dados nacionais são do Leiden Ranking, elaborado desde 2011 pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (CWTS) da Universidade de Leiden, na Holanda, e celebram a data.
Ela foi definida em 2015, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e visa conscientizar a sociedade de que a ciência e a igualdade de gênero precisam andar lado a lado.
A UEM está no topo do ranking brasileiro na comparação de autorias femininas e masculinas em pesquisas desde que o CWTS introduziu o indicador de gênero na classificação, em 2019. Mas ainda há muito caminho pela frente.
De acordo com dados da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a porcentagem média global de pesquisadoras é de 33,3%, e apenas 35% dos estudantes de áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês), são mulheres.
Na UEM, são 828 docentes mulheres em projetos de pesquisa e 447 alunas. O quantitativo masculino é de 756 docentes e 258 alunos.