Nesta quarta-feira (21) é o quarto dia de buscas às vítimas do acidente de barco no rio Ivaí.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros foram localizados três corpos. Dois já foram identificados sendo de Adalberto Fernandes Galice, 42 anos e da filha dele, Sophia Pacagnan Fernandes, 4 anos, moradores de Maringá.
Uma equipe de Bombeiros mergulhará nesta tarde para tentar fazer a retirada do terceiro corpo da água.
E o trabalho de buscas continua para a localização das três pessoas desaparecidas no rio Ivaí: Nicolas Fernandes, também filho de Adalberto Fernandes e a família de Ivaiporã, Alberony Menegasse de Souza, a esposa Patrícia Miranda e a filha Eloísa.
Em entrevista para a Rádio Nova Era de Ivaiporã, Marcelo Carvalho, morador de Sarandi, que sobreviveu ao acidente com o barco no último domingo (18) em Ubaúna, distrito de São João do Ivaí, relata os momentos de tensão que ele, a esposa Jéssica e o filho João Vitor vivenciaram: “Nós ficamos no rio nos afogando por uns 700 metros, ela se afundando, eu me afundando, até que Deus colocou o barco virado em nosso caminho. A gente já tinha desistido, mas o barco apareceu virado, nós seguramos por uns 40 minutos com o barco virado, na esperança do socorro chegar, até que decidimos virar o barco. Nós ficamos mais de duas horas esperando o socorro, meu filho sofrendo muito. Decidimos descer do barco para tirar a água de dentro, desviramos ele, saiu um pouco de água, fomos tirando água com a mão até que ele subiu um pouco, remamos com a mão até chegar na margem”.
Marcelo contou que foram cerca de 3h dentro da água e depois que a família conseguiu sair do rio, o filho deles estava delirando e convulsionando devido o frio: “Quando entramos na mata, no milharal, andamos por uns 400 metros, mas meu menino sofreu convulsão, estava delirando, fizemos uma cama no meio do milho, mas não estava resolvendo, até que graças a Deus, apareceram dois anjos, dois pescadores, eles estavam com lanternas pra cima e gritavam e nós respondemos”.
Ele relembra que o dono do barco fez de tudo para salvar a tripulação: ” O dono do barco não teve culpa, ele não queria chegar perto da correnteza, ele fez de tudo para nos salvar, não tem culpado”, afirma Marcelo.