Hoje, 13 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial do Rádio, um meio de comunicação apaixonante que foi se adaptando às diversas mudanças durante os 119 anos, desde o surgimento. Quem marcou época em Maringá e região foi o Pinga Fogo, cuja primeira emissora radiofônica sob seu comando passou a ser sintonizada em 1994, na cidade de Borrazópolis, direcionada no começo ao Vale do Ivaí.
Juliano André de Oliveira Neto, o Juliano Pinga, filho do saudoso Pinga Fogo, esteve nos estúdios do O Maringá para falar sobre sua carreira em detalhes, rádio e comunicação em geral. Acompanhando o pai desde pequeno, Juliano já brincava de fazer rádio, mas não imaginava se tornar um radialista, um comunicador. Um pouco mais tarde iniciou o curso de jornalismo em 2002 na Unicesumar. Já neste ano, surgiu a ideia de entrar de fato nas ondas do rádio e se comunicar com os maringaenses.
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O pensamento inicial era apenas falar o horário aos ouvintes, no entanto, aos domingos pela manhã Juliano começou a comandar um programa em que as pessoas ligavam para pedir músicas. “Eu lembro o número exato, 120 ligações pedindo música e aquilo me empolgou. Cheguei em casa todo feliz e meu pai me jogou um balde de água fria: “você nunca vai ser locutor, você vai ser comunicador, você não tem voz de locutor, você vai conversar com as pessoas e aí você vai aprender comigo”. Um baita de um professor”, destaca Juliano.
Mais tarde, com a obrigatoriedade da migração do AM para o FM, Juliano conta que o desafio foi grande. “Você vai migrar para uma FM e tirar toda aquela essência do AM que você tinha de comunicar no mesmo sistema onde ninguém fazia no FM ou fazer um estilo de FM igual a todas as outras?, qual vai dar certo?, decidimos comunicar mais e manter o formato AM com algumas adaptações e hoje várias emissoras já estão neste mesmo formato, comunicando mais, rodando um pouco menos de música, principalmente no horário da manhã que todo mundo está querendo saber o que está acontecendo.”
Juliano Pinga faz o caminho inverso e foi ao longo dos anos aumentando seu tempo no ar. Hoje ele faz programa diário das 6h30 às 11h30, troca de estúdio e continua até as 12h55 com o formato de TV para o Rádio. “Hoje eu não sei o que eu faria sem o rádio”, afirma o comunicador.
Mesclando e inovando
Buscando atingir vários públicos e faixas etárias a programação tem se diversificado e vem aos poucos inovando cada vez mais. São vários jovens se incorporando no Grupo Pinga Fogo. “É muito bom sangue novo na equipe. Não que os que estão ou que passaram não fazem diferença nos dias de hoje, mas a gente precisa sempre renovar”, explica Juliano.
Momento marcante
O ato de se comunicar através do rádio também é levar alegria e ser amigo de quem está ouvindo. Juliano destaca uma história recente que aconteceu. Um ouvinte mandou um áudio dizendo que precisava de um abraço, estava com muitos problemas e pensava em tirar a própria vida. Imediatamente, ao vivo, Juliano não pensou duas vezes, entrou em contato, deixou seu irmão cuidando da programação e foi até o trabalho do rapaz juntamente com o Márcio Gomes e em um ato de amizade e compaixão, conversou e abraçou o ouvinte, evitando que algo de pior acontecesse. “Dois anos depois nós o vimos lá na Expoingá, trabalhando na feira. Perguntei das filhas, ele mostrou foto. Esse foi um momento bem marcante pra gente”, comenta Juliano Pinga.
Acompanhe mais detalhes na entrevista completa com o comunicador Juliano Pinga em nosso canal no YouTube: