O edifício Maria Tereza, que fica no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e XV de Novembro, teve interdição temporária no dia 3 de março, após uma grande coluna ceder em meio a obras existentes no local. O colapso provocou a evacuação e interdição do prédio até que a coluna fosse reforçada. Conforme o engenheiro Erico Vicentin Nirino, que pertence a empresa que estava realizando um reparo no pilar, foram necessárias 24 horas para a estrutura ficar pronta.
Após, conforme determinação da Defesa Civil, um empresa distinta foi contratada somente para emitir um laudo após o reforço da estrutura. Dois dias depois, 5 de março, o engenheiro Rafael Alves de Souza, atestou a estabilidade do edifício por meio de um parecer técnico e assim liberando a volta dos moradores e funcionamento das empresas.
De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), foi instaurado um processo investigativo para apurar o caso ocorrido no edifício Maria Tereza. Durante a investigação, será realizada fiscalização no local e análise de laudos e demais documentos.
O Secretário de Limpeza Urbana e Infraestrutura, Vagner Mussio, explicou que obras gerais estão sendo realizadas e só devem terminar em 2028. “Nós exigimos um cronograma de manutenção no prédio. São várias etapas, inclusive me entregaram algumas coisas que ficaram prontas. Normalmente quando nós interditamos e liberamos a interdição não é que a prefeitura ou Defesa Civil não tenha mais nada com isso, mas aí é vida que segue. O condomínio tem nos dado toda semana notícias, tudo que eles fazem tudo protocolado.
Estrutura forte
O secretário explicou que o caso poderia ter sido uma catástrofe, não fosse a boa estrutura de fundação do local e também algo divino “Aquilo foi coisa de Deus porque quando você tem um colapso de um pilar daquele e um local em que ele suporta 250 toneladas, geralmente ele distribui para os outros pilares, acaba dando dominó e acontece o pior. Nesse caso, impressionantemente ele estourou, explodiu esse pilar e não movimentou nada o prédio, então é algo que realmente tem que dar graças a Deus. Hoje praticamente todas as pessoas voltaram, estão readquirindo a confiança”.
Alerta
“Quero fazer um alerta para quem mora em prédios em Maringá, que exija do condomínio vistorias periódicas, principalmente os prédios mais antigos, mas não diferente dos prédios novos, porque naquela época quando se fazia um pilar, uma viga, eles superdimensionavam, enchiam de concreto e pode ser o que ajudou nesse prédio. Hoje é tudo na medida, no computador, então é um alerta que fica para a população”. A cobrança deve ser feito ao sindico, para quem está à frente e tenha a responsabilidade de cuidar do prédio. “Qualquer tipo de evento que a pessoa veja no prédio tem que ser comunicado, notificado e caso não tome providências, que procure as autoridades”, salienta.
Dreno na Avenida Morangueira
O início dos trabalhos para solucionar os problemas de alagamentos na avenida Morangueira começaram em 28 janeiro e foi inspirada em uma obra realizada no 4º Batalhão há mais de 15 anos. Lá havia alagamento crônico no campo de futebol chegando a um metro e meio de água. Foi feito o corte no meio do campo, instalado um dreno natural e resolvido o problema. “Se você for lá hoje, não parou mais água e partindo desse princípio, nós analisamos para fazer um grande dreno natural, ecologicamente correto em que você acaba voltando mais água para o lençol freático e resolvemos abrir o canteiro”, comenta Mussio.

São quase 300 metros de extensão em um trabalho que está sendo feito por etapas. Após a primeira, uma chuva de 40 milímetros caiu na cidade e já no primeiro teste a população aprovou. “Começou a aparecer pessoas da rua de trás nos agradecendo, porque quando enchia a avenida, a água voltava pela tubulação, e alagava as casas, oficinas, enfim, foi emocionante pra gente. Agora nós estamos estamos na fase de acabamentos, passando pela segunda etapa para abrir bocas de lobo que ali não existe, colocamos tubulações cruzando aquele dreno, um outro dreno também sendo instalado, então tem trabalho a se fazer”, complementa o secretário.
Serviços parecidos deverão ser realizados em breve, um próximo a subestação da Copel e outro na região da Acema, por exemplo.