Taxa de emissão de dióxido de carbono tem aumento desacelerado em 2022

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Em 2020, ocorreu um aumento na quantidade de emissões globais de dióxido de carbono (CO2) relacionadas à energia, porém num ritmo abaixo do esperado. Segundo o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), esse resultado é reflexo do aumento da energia verde e das tecnologias. Em 2022, a quantidade de emissões de CO2, geradas de fontes de energia, cresceu em 0,9%. Esse aumento alcançou recorde de mais de 36 bilhões e 800 milhões de toneladas.

Para a agência, ainda que as emissões de CO2 sejam preocupantes, por outro lado as novas infraestruturas energéticas de baixo teor de carbono colaboraram para um quadro mais ameno. No ano passado, mais de 90% do crescimento da produção de eletricidade ocorreram por causa das energias renováveis. 

Num cenário global, as emissões fonte do petróleo aumentaram 2,5%, mas continuaram abaixo dos níveis pré-Covid. A China ficou sujeita às restrições da pandemia, porém manteve o nível de emissões.


O economista especialista em meio ambiente Reuber Albuquerque reforça que a adoção de tecnologias verdes e a mudança da matriz de produção energética ajudam muito a melhorar o cenário climático atual, mas lembra que apenas alguns países aderiram uma postura sustentável. “Se por um lado a desaceleração das emissões sugere que é possível mudarmos os rumos das previsões de mudanças climáticas com base em cenários de elevada emissão de gases de efeito estufa, a gente precisa avaliar que essa redução identificada ela ainda é restrita a países e regiões do planeta, onde sociedade, os produtores de energia, os governos têm buscado mudar a forma de produzir energia”.


Segundo dados da Agencia Internacional de Energia (AIE), na União Europeia foi registrada redução de 2,5% nas emissões, por causa da implantação recorde de energias renováveis com a volta da utilização do carvão. Contudo, as emissões de combustíveis fósseis como petróleo, gás, carvão, continuam crescendo. E dificultam os esforços para cumprir objetivos climáticos globais, destacou o diretor da AIE.

O especialista Albuquerque concorda com o alerta e reforça que é preciso pensar também na preservação e aumento das áreas vegetadas como agente colaborador para equilíbrio climático. “Mecanismo mais eficiente para sequestrar esse carbono da atmosfera é investir em revegetação. Então, áreas hoje que não tem usos, que estão sem cobertura vegetal, -por causa de desmatamentos passados-, são áreas que a gente tem que pensar numa outra forma de produzir alimentos, madeira, outra forma de produzir recursos que visem ampliar a recomposição, a revegetação dessas áreas“.

Jornal O Maringá

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