Ainda nesta terça-feira (14) que forças ucranianas resistem dentro de Sievierodonetsk e buscam a retirada de civis, depois que a Rússia destruiu a última ponte que ligava a cidade devastada no Leste, em um potencial ponto de virada em uma das batalhas mais sangrentas da guerra.
“A situação é difícil, mas há comunicação com a cidade”, apesar da destruição da ponte sobre o rio Sieverskyi Donets, afirmou o prefeito ucraniano de Sievierodonetsk, Oleksandr Stryuk. “As tropas russas estão tentando invadir a cidade, mas os militares estão se mantendo firmes.”
Ambos os lados afirmam ter infligido enormes baixas ao inimigo nos combates pela cidade, o principal alvo da Rússia em sua batalha pelo Leste depois que não conseguiu capturar a capital da Ucrânia, Kiev, em março.
A Ucrânia ainda detém Lysychansk, a cidade gêmea de Sievierodonetsk em um terreno mais alto na margem oposta. Mas com todas as pontes agora cortadas, suas forças reconhecem o risco de serem cercadas se permanecerem. Os representantes separatistas da Rússia disseram que quaisquer tropas ucranianas deixadas para trás precisam se render ou serão mortas.
Damien Megrou, porta-voz de uma unidade de voluntários estrangeiros que ajudam a defender Sievierodonetsk, afirmou que existe o risco de deixar “um grande bolsão de defensores ucranianos isolados do resto das tropas ucranianas” – como em Mariupol, que caiu em maio após meses de cerco russo.
Em discurso noturno, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, descreveu a batalha pela região de Donbas, no Leste, como uma das mais brutais da história europeia. A cidade de Kiev diz que perde por dia que passa cerca de 100 a 200 militares.
Fonte: Agência Brasil.