Depois da reação do Ministério das Mulheres, Ministério da Educação e de várias instituições, principalmente ligadas a direitos, a Universidade Santo Amaro (Unisa) decidiu expulsar seus alunos do curso de Medicina que ficaram nus e fizeram uma sessão de masturbação coletiva durante um jogo de vôlei feminino em um campeonato universitário em São Carlos, no interior de São Paulo. O fato aconteceu em abril, mas só recentemente as imagens foram divulgadas na internet.
As imagens viralizaram nos últimos dias, e a Unisa anunciou a decisão em nota emitida na noite desta segunda-feira, 18. A instituição não informou quantos alunos já foram identificados e expulsos. A Polícia Civil investiga o episódio e o Ministério da Educação (MEC) notificou a instituição de ensino.
Os gestos podem ser tipificados como crime de ato obsceno – manifestação de cunho sexual em local público ou aberto ao público, capaz de ofender o pudor médio da sociedade –, conforme o artigo 233 do Código Penal. O crime é punido com detenção de três meses a um ano, ou multa.
Mas, para muitas pessoas esta foi uma metáfora do estupro, além de uma demonstração clara que estas pessoas antecipam que tipo de médico seriam e que tipo de atendimento iriam prestar a mulheres dentro de um ambulatório fechado.
Além da expulsão de todos os alunos que já foram identificados, a Unisa informa ainda que “considerando a gravidade dos fatos, já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis”.
Em nota assinada pelo reitor Eloi Francisco Rosa, a Unisa afirma que a instituição de ensino, “com mais de 55 anos de história”, repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores”.