Agências esperam “perda de vidas em grande escala” após ciclone Mocha

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O mau tempo e o corte de telecomunicações dificultam a análise da magnitude da destruição após a passagem do ciclone Mocha por Mianmar, segundo as Nações Unidas. Nesta terça-feira, agências de notícias informam haver até 41 mortes.

O potencial é de danos amplos e um grande número de deslocados. Mais de 5,4 milhões de pessoas podem estar na rota do ciclone, agora com cerca de 90 km/h.

“Força brutal”

As equipes humanitárias planejam começar a trabalhar intensamente, a partir desta quarta-feira, após a perda da intensidade da que é considerada uma das tempestades mais fortes que atravessa o país asiático e se move para o interior.

O chefe da ONU no Mianmar, Ramanathan Balakristhnan, disse a jornalistas de Yangon, que grupos de resgate se preparam para “uma perda de vidas em grande escala” devido ao mau tempo que chegou com “força brutal”.

Ocha destaca haver necessidade de mais fundos para facilitar uma resposta em grande envergadura

 

Ramanathan Balakristhnan contou que o ciclone atingiu áreas do noroeste e o estado de Rakhine com ventos de 250 km/h, por volta do meio-dia de domingo. No trajeto, foram derrubados casas, árvores, linhas de energia, de telecomunicações e recursos como barcos de pesca.

O coordenador contou que milhares de pessoas que se refugiaram em abrigos de evacuação têm pela frente uma enorme tarefa de limpeza e reconstrução.

Violência política generalizada

O estado de Rakhine está arrasado pelo conflito, empobrecido e isolado. A área tem milhares de deslocados pela violência política generalizada nos últimos anos.

Quase 1 milhão de membros da comunidade minoritária rohingya vivem como apátridas no vizinho Bangladesh, desde 2017. Eles buscam de abrigo no país após fugir de atos violentos atribuídos à junta militar de Mianmar.

Chuvas, tempestades e ventos fortes em áreas baixas do estado birmanês, principalmente na capital Sittwe e arredores, levaram milhares de pessoas a centros de evacuação e casas de parentes no interior. Elas devem permanecer até que os ventos diminuam.

Resposta 

As Nações Unidas e seus parceiros humanitários preparavam a chegada do ciclone há uma semana, posicionando estoques e pessoal para avaliar e responder as necessidades em momento de maior segurança.

O Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, destaca haver necessidade de mais fundos para facilitar uma resposta em grande envergadura aos impactos do ciclone e das inundações que se seguem.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, alerta para o risco de doenças transmitidas pela água. Já a Agência das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, ressalta que partes de campos de refugiados foram arrasadas em Bangladesh.

Nesses locais foram afetados mais de 21 mil membros da comunidade rohingya e 4 mil famílias, mas nenhuma vítima fatal foi registrada. Até o momento, apenas 10% do Plano de Resposta Humanitária orçado em US$ 764 milhões foi financiado.

Fonte: Organização das Nações Unidas

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