Embaixador: Angola quer diálogo e fundos para apoiar fim de conflitos africanos

Novo representante do país na ONU, Francisco José da Cruz, aponta estabilidade como requisito-chave para o desenvolvimento regional

Angola

Foto: ONU.

Francisco José da Cruz foi nomeado como o novo representante permanente de Angola nas Nações Unidas. Durante uma entrevista à ONU News, em Nova Iorque, o embaixador enfatizou que a estabilização da região africana é um aspecto fundamental da ação diplomática de Angola.

Na visão de Francisco José da Cruz, este é o momento crucial para priorizar os esforços da comunidade internacional em colaborar para que a África alcance a meta de deter os conflitos, um requisito essencial para avançar em direção ao desenvolvimento regional.

Silenciar das armas

“Vai de encontro com a Agenda (africana) de Paz e Segurança e com agenda do chefe de Estado, enquanto o campeão para paz e reconciliação em África porque propõe ações concretas que permitam avançar com a agenda de paz estabilidade e contribuir para o silenciar das armas que é um dos lemas fundamentais da União Africana para a construção da agenda 2063 e mesmo para a consecução da Agenda 2030 para o Desenvolvimento das Nações Unidas.”

Veja Vídeo:

Recentemente, ocorreu uma reunião do Conselho de Segurança para discutir a situação da República Democrática do Congo, sendo destacados os esforços de estabilização realizados por Angola, o que foi reconhecido pela comunidade internacional.

O embaixador Francisco José da Cruz ressalta a importância da colaboração conjunta entre Angola e as Nações Unidas no que diz respeito à paz e segurança nas regiões Central, Austral e dos Grandes Lagos, buscando garantir que os efeitos desses esforços sejam refletidos em toda a vizinhança.

“Defendemos a necessidade de, na nossa interação a nível das Nações Unidas, pudermos defender com mais energia, as decisões que são tomadas a nível da União Africana. De maneira que, além de protegermos as nossas posições enquanto Estados-membros, que a posição comum que vem da União Africana também possa prevalecer. Neste sentido, julgamos importante, quando houve o diálogo sobre terrorismo, que defendêssemos e foi a posição que agora defendeu:  a necessidade de as Nações Unidas financiarem operações da União Africana no combate ao terrorismo, porque é um flagelo global, uma ameaça internacional.” disse.

Resposta imediata

Diante do crescente problema do terrorismo na África Ocidental e Austral, Angola faz um apelo por uma resposta imediata. Durante a entrevista, Francisco José da Cruz também destacou a coordenação entre Angola, Brasil e Moçambique, que ocupam assentos rotativos no Conselho de Segurança este ano.

Além disso, como presidente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Angola defende uma abordagem abrangente que englobe áreas como desenvolvimento e economia.

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