Morreu na madrugada deste domingo, 26, na Cidade do Cabo, o arcebispo Desmond Tutu, de 90 anos, figura fundamental na luta da África do Sul pelo fim do apartheid, ao lado de Nelson Mandela e outros líderes. Por sua luta, foi vencedor do Prêmio Nobel da Paz.
Ainda não há muitas informações sobre a morte, mas logo cedo importantes líderes políticos em vários países se manifestaram sobre a perda. “O falecimento do arcebispo emérito Desmond Tutu é outro capítulo de luto na despedida de nossa nação a uma geração de notáveis sul-africanos que nos legou uma África do Sul libertada”, disse o presidente Cyril Ramaphosa, da África do Sul.
Tutu foi considerado a consciência da nação por negros e brancos, um testemunho duradouro de sua fé e espírito de reconciliação em uma nação dividida.
Ele pregou contra a tirania da minoria branca e mesmo após seu fim, nunca vacilou em sua luta por uma África do Sul mais justa, chamando a elite política negra para prestar contas com tanta agressividade quanto ele fez com os africanos brancos. Em seus últimos anos, ele lamentou que seu sonho de uma “Nação Arco-Íris” ainda não tivesse se tornado realidade.
No cenário global, o ativista de direitos humanos argumentou sobre uma variedade de assuntos, desde a ocupação dos territórios palestinos por Israel aos direitos dos homossexuais, mudança climática e morte assistida — questões que consolidaram o amplo apelo de Tutu.