Nesta terça-feira, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, falou ao Conselho de Segurança sobre a situação da usina nuclear de Zaporizhzhia.
Rafael Mariano Grossi reforçou que tem sido uma “sorte” evitar um acidente nuclear. Ele apresentou recomendações para minimizar a chance de vazamento radioativo.
Segurança em Zaporizhzhia
Segundo o chefe da agência atômica da ONU, após conversas com autoridades russas e ucranianas, foram identificados alguns princípios para garantir a segurança da maior instalação nuclear da Europa.
Para Grossi, é fundamental que a região não seja alvo de qualquer tipo de ataques, especialmente reatores, locais de armazenamento de combustível irradiado ou outra infraestrutura crítica, bem como seus funcionários.
Ele também aponta que Zaporizhzhia não deve ser usada para o armazenamento ou base para armas pesadas. O diretor da Aiea adiciona que o abastecimento de energia não pode ser colocado em risco.
Violações serão publicadas
Grossi acrescenta que todas as estruturas, sistemas e componentes essenciais ao funcionamento seguro devem ser protegidos de ataques ou atos de sabotagem. Ele concluiu afirmando que nenhuma ação que prejudique esses princípios deve ser tomada.
Os especialistas da agência no local devem reportar ao diretor-geral sobre a implementação desses princípios. A violação das diretrizes deve ser informada publicamente pelo líder da Aiea.
Grossi pediu que os dois lados do conflito observem esses cinco princípios e solicitou o apoio dos membros do Conselho de Segurança. Ele acrescentou que as recomendações “não prejudicam ninguém e beneficiam a todos”.
Situação perigosa
O chefe da Aiea observou que a situação de segurança e proteção nuclear na central nuclear continua extremamente frágil e perigosa. Ele afirmou que atividades militares continuam na região e podem aumentar consideravelmente no futuro próximo.
Além de estar funcionando com pessoal significativamente reduzido, Grossi lembrou que a falta de energia externa por sete vezes desde o início dos confrontos faz com que as instalações operem com geradores a diesel como a “última linha de defesa contra um acidente nuclear”.
Fonte: Organização das Nações Unidas