O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou total confiança em manter no cargo o seu enviado especial no Sudão, Volker Perthes.
As declarações foram feitas a jornalistas, em Nova Iorque, após uma reunião fechada do Conselho de Segurança. A sessão realizada na quarta-feira debateu a renovação do mandato da Missão Integrada de Assistência à Transição das Nações Unidas no Sudão, Unitams.
Exército e paramilitares
O chefe da ONU disse que cabe ao Conselho de Segurança determinar se apoia a continuação da operação internacional por mais algum período ou se é o momento de parar.
Pela sexta semana, o país é marcado por confrontos entre o Exército e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido.
Nesta quinta-feira, a diretora do Programa Mundial de Alimentos, PMA, condenou a pilhagem de um armazém em El Obeid, sudoeste da capital Cartum.
Trata-se da maior base logística da agência no continente africano e “uma linha de vida vital para milhões de beneficiários no Sudão e no Sudão do Sul”.
Em sua conta numa rede social, Cindy McCain deplora “de forma veementemente o saque de alimentos e bens”. A comida armazenada era suficiente para 4,4 milhões de pessoas. McCain considerou “injusto roubar dos famintos” ao pedir o fim dessas ações.
Emergência no Chade
Antes, a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, disse haver mais de 100 mil refugiados sudaneses no vizinho Chade desde a eclosão do conflito. Ao todo, cerca de meio milhão de cidadãos do Sudão estão em território chadiano, o que levou a agência a fazer um apelo por apoio de emergência.
No próximo trimestre, prevê-se que mais de 200 mil pessoas possam fugir para o Chade.
Com a aproximação da estação chuvosa, o Acnur adverte que precisará de um “enorme apoio logístico” por causa do movimento dos refugiados das áreas fronteiriças em busca de segurança.
Fonte: Organização das Nações Unidas