Dia Internacional para Eliminar Fístula Obstétrica reforça campanha até 2030

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A fístula obstétrica afeta mulheres durante o parto em países da África Subsaariana, da Ásia, na região dos Estados Árabes, América Latina e Caribe. 

Neste Dia Internacional para Acabar com a Fístula Obstétrica, a agência da ONU para saúde sexual e reprodutiva, Unfpa, ressalta que o problema que atinge meio milhão de meninas e mulheres no mundo é inteiramente evitável.  

Mulheres marginalizadas e isoladas 

Em 2023, o tema é: “20 anos depois, progressos sim, mas ainda insuficientes. Aja agora para eliminar a fístula em 2030”, numa tradução livre. Após duas décadas de campanha, a agência da ONU quer intensificar esforços e ações.

De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a fístula obstétrica é uma das lesões mais graves e trágicas do parto. As três mulheres atendidas aqui estão aguardando para dar entrada para tratamento na Unidade de Fístula do Hospital Zalingei, no Sudão.

A fístula é uma ruptura no canal vaginal geralmente causada por partos demorados ou obstruções na hora de dar à luz, e pela ausência de cuidados médicos. A fistula obstétrica causa incontinência e vazamento das fezes. 

Se não for tratada, pode gerar infecção, doença e infertilidade. Muitas mulheres acabam marginalizadas, estigmatizadas e isoladas. 

Em alguns casos, trabalhos de parto com obstruções podem levar à morte da mãe ou do bebê. Mulheres com fístula também podem sofrer de problemas de saúde mental devido aos estigmas às quais são sujeitas.  

De acordo com o Unfpa, 90% das gravidezes envolvendo fístula resultam em partos com natimortos. A agência da ONU está preocupada com os sistemas de saúde e comunidades que estão falhando no combate à fístula. 

Mulheres e meninas carentes 

Além disso, a marginalização social e discriminação de gênero também criam riscos. Muitos casos de fistula ocorrem em áreas pobres e com poucos serviços para mulheres e meninas carentes. 

Uma paciente com fístula está deitada em uma cama de hospital em Juba, Sudão. A fístula obstétrica é um orifício no canal de parto, que ocorre como resultado de trabalho de parto prolongado ou obstruído sem intervenção médica.

O Unfpa sugere três soluções de baixo custo para prevenir a fístula incluindo o acesso a tempo a cuidados obstétricos de qualidade além de atenção aos recém-nascidos, profissionais treinados em trabalho de parteiras e parteiros e o acesso universal a contraceptivos. 

A agência da ONU lembra que serviços de saúde podem ajudar a reduzir a fístula ao rastrear a prevalência, corrigir os fossos no cuidado e assegurar o acesso universal à saúde de qualidade. 

O Unfpa ressalta que os investimentos e uma liderança ousada política podem ajudar a erradicar a fístula. A agência quer mais apoio para eliminar a fistula até 2030 como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS. 

A Campanha Global para Eliminar a Fístula é uma tentativa de transformar a vida das mulheres e meninas vulneráveis. 

Cinco coisas que você precisa saber sobre a fístula obstétrica | ONU News 

Fonte: Organização das Nações Unidas

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