Guterres decepcionado com redução de movimento na Iniciativa do Mar Negro

Guterres decepcionado com redução de movimento na Iniciativa do Mar Negro

O secretário-geral da ONU criticou o “ritmo lento” das inspeções dos navios que participam da Iniciativa do Mar Negro. O prazo das operações atuais expira em 17 de julho. 

O acordo firmado entre Rússia e Ucrânia com o apoio da Turquia e das Nações Unidas possibilita a saída de grãos e fertilizantes de ambos os países para evitar uma crise de insegurança alimentar no mundo. 

Em nota, António Guterres disse que estava “decepcionado” também com a exclusão do porto de Yuzhny/Pivdennyi da Iniciativa do Mar Negro.  

 

Equipes de inspeção trabalham em conjunto no âmbito da Iniciativa para os Grãos do Mar Negro.

A retirada deste local gerou uma redução do movimento de embarcações entrando e saindo de portos ucranianos o que diminuiu a oferta de alimentos essenciais aos mercados globais. 

Se comparado ao que ocorreu em outubro passado quando 4,2 milhões de toneladas de exportação de alimentos zarparam do chamado corredor humanitário, a queda em maio deste ano é drástica: apenas 1,3 milhão de toneladas foram enviadas aos países que precisam. É o volume mais baixo desde o começo da iniciativa. 

Para que um navio deixe o porto, ele precisa passar por inspeções. E há alguns meses, o movimento das inspeções foi reduzido. 

O secretário-geral da ONU pediu a todos os lados que acelerem as operações e que façam o máximo para continuar com o acordo que ele chama de vital.  

 

O primeiro carregamento de mais de 26.000 toneladas de alimentos ucranianos sob um acordo de exportação do Mar Negro foi liberado para seguir para seu destino final no Líbano.

O porta-voz de António Guterres afirmou que a ONU está “inteiramente comprometida com a implementação da Iniciativa do Mar Negro e do Memorando de Entendimento sobre a exportação de alimentos e fertilizantes da Rússia incluindo amônia, da Rússia e da Ucrânia, cheguem aos mercados ao redor do globo de maneira segura e previsível. 

 
Para a ONU, esse é um passo crítico especialmente com o início de novas colheitas de grãos tanto da Ucrânia como da Rússia. 

Fonte: Organização das Nações Unidas

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