Angola desenvolve uma iniciativa com o apoio do Fundo da ONU para a População, Unfpa, para alcançar, nos próximos anos, seis vezes mais jovens com ações de combate ao estigma relacionado ao HIV. Mulheres e meninas são um dos principais focos do Programa de Salvaguarda de Jovens.
As mensagens que destacam a importância da educação sexual em atividades já chegaram a mais de 10 mil pessoas em cinco províncias. Nas sessões participam ainda pais, profissionais de saúde, professores, líderes comunitários e religiosos.
Tratamento
A agência oferece meios para que se desenvolva a iniciativa, num contexto onde cerca de 2% da população adulta está infectada. Entre mulheres, as taxas de contaminação chegam a ser três vezes mais que as dos homens.
A ativista Sílvia Francisco, 31 anos, aderiu ao projeto social após um familiar soropositivo não buscar tratamento. O receio dela era que este fosse isolado se alguém descobrisse sua condição.
Ajudar o parente a cuidar de sua saúde sexual e reprodutiva motivou a ativista dos direitos dos jovens a atuar na cidade de Cazenga, na província de Luanda.
Ela defende que aumentar a consciência sobre saúde sexual e reprodutiva no país é uma tarefa que envolve passar informação sobre sexualidade de uma forma consistente. Francisca ressalta ainda a questão de pais que pensam que falar com adolescentes e jovens sobre o tema os incentivará a iniciar a vida sexual.
Sociedade civil
A ativista destaca, no entanto, que a iniciativa considera esse fator ao transmitir mensagens sobre a prevenção da gravidez indesejada, de infecções sexualmente transmissíveis ou ainda dos benefícios do adiamento do namoro entre adolescentes.
De acordo com o Unfpa, pelo menos 90 membros de organizações da sociedade civil em Angola receberam capacitação para desenvolver intervenções do Programa Salvaguardar Jovens. A realização dos debates conta com o apoio do Ministério da Juventude e Desporto do país com o financiamento dos Países Baixos ou Holanda.
Fonte: Organização das Nações Unidas