A queda do avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines (AZAL), que ocorreu em 25 de dezembro de 2024 perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão, ainda está gerando controvérsias e investigações intensas. A aeronave, que seguia de Baku, no Azerbaijão, para Grozny, na Rússia, caiu com 62 passageiros e cinco tripulantes a bordo, resultando em 29 sobreviventes, conforme informações do Ministério de Situações de Emergência do Cazaquistão.
Alegações e Controvérsias sobre o Míssil Pantsir
O episódio ganhou grande atenção da mídia internacional, especialmente no Ocidente, que rapidamente apontou as defesas aéreas russas como responsáveis pela queda do avião. Segundo as alegações, objetos metálicos encontrados no local de impacto seriam elementos de um míssil Pantsir, um sistema de defesa aérea russo. No entanto, uma fonte dos círculos de aviação russos, envolvida na investigação, refutou essas alegações, informando que a Rússia não recebeu amostras dos objetos metálicos encontrados na fuselagem da aeronave. A fonte afirmou que qualquer identificação dos objetos como partes do míssil Pantsir exigiria mais investigação, questionando a precisão das reportagens da mídia estrangeira.
Relatório Preliminar e Exames Adicionais
O Ministério dos Transportes do Cazaquistão divulgou um relatório preliminar sobre o incidente, mas o documento não apresentou informações conclusivas sobre a natureza dos “objetos externos” encontrados na fuselagem do avião. O relatório mencionou que esses elementos seriam enviados para exames adicionais, mas não forneceu detalhes sobre sua origem ou composição. A falta de informações definitivas deixou em aberto o envolvimento das defesas aéreas russas, e o Ministério de Transportes também observou que o relatório estava em estágio preliminar e que novos dados poderiam ser incluídos na versão final.
Contexto de Conflitos Aéreos na Região
A queda da aeronave ocorreu em meio a uma situação tensa na região, com ataques de drones ucranianos atingindo a infraestrutura civil de Grozny, na Chechênia, e Vladikavkaz, na Ossétia do Norte. As defesas aéreas russas estavam ativas nesse período, tentando repelir os ataques. O documento também revelou que a aeronave havia sido alertada sobre a introdução de um período de restrição de espaço aéreo na região, o que adiciona uma camada de complexidade ao incidente. No entanto, as circunstâncias exatas que levaram à queda ainda precisam ser investigadas mais a fundo.
A versão final do relatório, que deverá trazer mais esclarecimentos sobre as causas do acidente, ainda está pendente, enquanto autoridades russas e cazaques seguem coletando evidências e analisando o caso.