Os sistemas de saúde em África estão a tornar-se mais resilientes e mais bem preparados à choques de futuras epidemias de doenças evitáveis por vacinação graças a um projeto implementado pela Organização Mundial de Saúde, OMS e financiado pela União Europeia.
Apoio Conjunto
Segundo a OMS, a cobertura de vacinação contra a COVID-19 está aumentando nos cenários humanitários mais frágeis do continente, à medida que o projeto de dois anos chega ao fim. O objetivo é priorizar as pessoas e comunidades mais vulneráveis.
A África precisa de acesso oportuno a vacinas COVID-19 seguras e eficazes.
A taxa de vacinação que se aproxima agora da média continental de 30%, era no início de 2022, inferior à média de 5 porcento nos países participantes que incluem Moçambique. 1 em cada 4 pessoas na população destes países recebeu duas doses de vacinação, perfazendo um total de 34 milhões de pessoas.
O número de profissionais de saúde treinados pela agência da ONU saiu de 130 mil em 2022, para cerca de 2 milhões em maio de 2023. Um feito que explica como foi possível ter êxito e alcançar esses resultados. As vacinas foram administradas em centros urbanos, aldeias remotas, e campos de refugiados e deslocados. Locais de trabalho e espaços públicos.
Resposta eficaz
Para a OMS, profissionais de saúde treinados são um bem precioso e resiliente para governos e comunidades nacionais, pois estão preparados e prontos para fornecer uma resposta eficaz a qualquer epidemia futura.
Os casos de cólera têm aumentado dramaticamente na África no início de 2023.
A agência assinala desempenhos notáveis em todos os países, sendo a Libéria o que mostrou maior progresso com oito em cada dez pessoas agora vacinadas. Moçambique, Somália e República Centro Africana ultrapassam a taxa de 40%. Próximas a 40 % estão: o Chade, Guiné, Níger, Sudão, Sudão do Sul e Nigéria.
Os esforços de vacinação atingiram cerca de 12 milhões de refugiados, deslocados internos e migrantes em 11 países. Quatro em cada dez receberam primeira e segunda doses, designada série primária completa e mais de metade receberam pelo menos uma dose.
Série Primária completa
Cerca de 13 milhões de pessoas entre os grupos vulneráveis foram alcançadas com campanhas de conscientização, realizadas por profissionais de saúde locais nas localidades e idiomas dos beneficiários.
Um menino é vacinado durante uma campanha de imunização contra a pólio em Kisangani, República Democrática do Congo, em julho de 2022.
Cerca de 26 milhões de idosos equivalente a 38 % do total em todos os países completaram a série primária de vacinação que fornece proteção crucial contra a COVID-19. Acredita-se que os programas nacionais de vacinação e imunização estejam fortalecidos no longo prazo com transferência de conhecimento, treinamento e trabalho de campo.
Os países estão agora mais resilientes contra a COVID-19 e prontos para enfrentar outras doenças evitáveis por vacinação e emergências sanitárias.
Fonte: Organização das Nações Unidas