ONU espera paz efetiva em Moçambique após fecho da última base de ex-rebeldes

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Entidades das Nações Unidas elogiaram o fim do processo de desarmamento, desmobilização e reintegração de milhares de ex-guerrilheiros do partido Renamo em Moçambique. A última base da antiga guerrilha encerrou na quinta-feira em Vanduzi, distrito da Gorongoza, província central de Sofala.  

Na última etapa foram contemplados cerca de 350 ex-combatentes, incluindo 100 mulheres. Na próxima semana, a organização participa em cerimônia oficial marcando o fim do processo em Maputo.

Viver em paz

As mensagens das subsecretárias-gerais para África, Cristina Duarte, e dos Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, ressaltam a oportunidade e o anseio dos moçambicanos de viver em paz. Já o enviado pessoal do secretário-geral para Moçambique, Mirko Manzoni, testemunhou o ato.

“Partilhei sete anos da minha vida convosco, e vê-los como últimos combatentes voltando para casa, como civis, é uma grande emoção. Estou orgulhoso deste resultado, a paz une o povo para dialogar, colaborar e trabalhar para um futuro melhor, a paz é a cultura de Moçambique”.

Moçambique considera a etapa de desmobilização, desmilitarização e reintegração como um passo centrado no ser humano e sensível ao gênero

 

Manzoni salientou que, embora o encerramento da base de Vanduzi marque o fim de uma fase do processo de paz, a ONU continua o empenho e foco no apoio à reintegração dos benificiários do DDR. 

Na cerimônia desta quinta-feira, o presidente de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi e o líder da Renamo, Ossufo Momade, acompanharam o retorno de 347 oficiais da Renamo à vida civil no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, DDR.

Desmobilização, desmilitarização e reintegração 

Diante de representantes do governo, da sociedade civil o encerramento da 16ª base Nyusi elogiou a “atuação conjunta” defendendo que a sociedade deve receber e integrar os beneficiários.

“A paz deve continuar a fazer parte da nossa forma de ser e estar, como moçambicanos continuemos de mãos dadas porque a paz definitiva duradoura depende de nós. Saibam que a paz é já cultura dos moçambicanos, a nossa ferramenta mais eficaz será sempre e deverá continuar a ser o diálogo, por isso não deixe que a violência e a chantagem destruam as pontes de entendimento um que juntos temos estado a construir.”

Já o presidente da Renamo, Ossufo Momade, lançou o apelo a autoridades nacionais e internacionais para a concretização do pagamento das pensões por uma paz efetiva.

“Nós, os moçambicanos, agradecemos a estes heróis vivos e mortos porque souberam colocar os superiores interesses da nação acima de suas vidas. Apesar da criação da suposta junta militar a tentativa de desacreditar a Renamo e a nossa liderança. Portanto, não há paz quando o ódio, a perseguição, a intolerância a exclusão continuam a ser motivo de discórdia no nosso país.”

Efeito da cultura de paz

Moçambique considera a etapa de desmobilização, desmilitarização e reintegração como um passo centrado no ser humano e sensível ao gênero que resulta da cultura de paz e diálogo considerando os princípios das Nações Unidas.  

O Fundo do Processo de Paz esteve representado por autoridades de contribuintes como Canadá, União Europeia, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Itália,  Suécia,  Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

*De Maputo para ONU News Ouri Pota.

Fonte: Organização das Nações Unidas

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