Agências das Nações Unidas querem avançar com mais rapidez com artigos em apoio aos afetados pelo conflito no Sudão. Pelo menos 168 caminhões estão preparados para ajudar 4 milhões de pessoas, segundo a organização.
O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, Ocha, revelou que o movimento deve ser feito a partir da cidade de Porto Sudão para as regiões de Gadaref, Kasala e Al Jazirah.
Condições de segurança e limitações burocráticas
No entanto, a urgência é para que “se estabilizem condições de segurança e sejam suspensos os entraves burocráticos” para que mais ajuda possa ser transportada aos necessitados.
Falando à ONU News, o representante das Nações Unidas no Sudão, Volker Perthes, disse que as necessidades alimentares são cada vez crescentes após cinco semanas de combates.
Ele destacou estimativas apontando agora para entre 18 ou 19 milhões de pessoas carentes e a necessidade de mais dinheiro para as operações humanitárias.
Estados não afetados pelos combates
A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou que até segunda-feira mais de dois terços dos hospitais não estavam operando em áreas com combates. Apenas 28 instalações sanitárias operam, total ou parcialmente, nessas áreas.
A agência diz que hospitais, em estados não afetados pelos combates, estão ficando sem material e pessoal, bem como combustível, oxigênio e estoques em bancos de sangue.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, estima que os combates entre o Exército do Sudão e os paramilitares já tenham feito 1,3 milhão de pessoas abandonar suas casas.
Mortos e feridos
Nesta quarta-feira, a agência das Nações Unidas explicou que 1 milhão de sudaneses procuram abrigo no país, enquanto 320 mil fugiram para países vizinhos como Egito, Sudão do Sul, Chade, Etiópia, República Centro-Africana e Líbia.
O Sindicato dos Médicos Sudaneses revela que desde o início dos confrontos, em 15 de abril, 863 civis perderam a vida, incluindo pelo menos 190 crianças. O total de feridos ultrapassa 3,5 mil pessoas.
Fonte: Organização das Nações Unidas