Portugal acolhe a partir desta segunda-feira a conferência “Pensando em Propriedade Industrial, Sustentabilidade e o Futuro do Planeta”. A abertura do evento contou com a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed.
A vice-secretária-geral enfatizou o poder da inovação e da ciência pelo futuro global, na sessão que teve pronunciamentos do diretor-geral da Organização Internacional para a Propriedade Intelectual, Ompi, Daren Tang, e do secretário de Estado da Presidência de Portugal, André Moz Caldas.
Potencial de tecnologias inovadoras
Para a vice-chefe da ONU, o mundo deve aproveitar o poder da propriedade industrial e liberar o potencial de tecnologias inovadoras, promover o crescimento inclusivo e alcançar maior igualdade.
A primeira recomendação nesse sentido é que se crie sistemas onde os benefícios da ciência sejam compartilhados de forma justa e equitativa. Em segundo lugar, ela disse que os ecossistemas de ciência e inovação devem se tornar mais inclusivos e representativos quebrando as atuais barreiras.
Em terceiro lugar, defendeu uma aproximação entre a comunidade científica, os políticos com poder de decisão e o setor privado, apelando que possam atuar em conjunto. Por último, Mohammed pediu um equilíbrio entre o estímulo a criatividade e a difusão facilitada da tecnologia.
Países menos desenvolvidos
A vice-secretária-geral também pediu urgência nas transferências de tecnologias ecológicas e de descarbonização, para estratégias de adaptação e mitigação do clima. Nesses processos, ela pediu que os países menos desenvolvidos tenham precedência “como uma questão de justiça e de interesse”.
Mohammed ressaltou que o grupo de economias representa 1% do total de emissões de CO2, mas sofreu quase 70% das mortes causadas por desastres climáticos nos últimos 50 anos no mundo.
Fonte: Organização das Nações Unidas