A Lituânia, a Estônia, a Letônia e a Polônia pediram que a União Europeia (UE) dobrasse os gastos com defesa para garantir a preparação para circunstâncias militares extremas, informa a agência de notícias Bloomberg, citando um documento.
Além disso, é sublinhado que o valor dos gastos de defesa tem que ser aumentado se a UE quiser atingir a taxa de gastos de 3% do PIB.
“Os países […] citam estimativas que colocam os gastos militares atuais dos Estados-membros da UE em cerca de € 326 bilhões [cerca de R$ 2 trilhões] em 2024. O documento conclui que esse valor deve dobrar se o bloco quiser atingir uma meta de gastos de pelo menos 3% do produto interno bruto, bem como estar pronto para ‘contingências militares extremas'”, ressalta a agência.
De acordo com a mídia, os países que redigiram o documento consideram necessário que a UE, entre outras coisas, use o mecanismo de empréstimos conjuntos para aumentar os gastos militares. Ao mesmo tempo, eles estimam a necessidade de investimento na defesa do bloco do euro em pelo menos € 100 bilhões (R$ 600 bilhões).
A agência destaca que a UE está atualmente preparando uma nova estratégia de defesa e os líderes do bloco devem se reunir na segunda-feira (3) em Bruxelas para discutir o tema. Conforme a Bloomberg, uma versão preliminar da estratégia deve ser apresentada em março, com a adoção final prevista para o final deste ano.
Anteriormente, Stavros Kalenteridis, o professor do Aegean College em Atenas, disse em entrevista à Sputnik que os planos da União Europeia de aumentar os gastos com a defesa só criarão divisões dentro do bloco e aumentarão o fardo das dívidas nacionais.
