Países lusófonos podem cooperar ainda mais para incluir pessoas com deficiência

Países lusófonos podem cooperar ainda mais para incluir pessoas com deficiência

As Nações Unidas acolhem esta semana a 16ª Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Nesta quinta-feira, representantes do Brasil e Portugal conversaram separadamente com a ONU News à margem do evento. Ambas as secretárias de governo advogam por mais espaço para intercâmbio entre as nações de língua portuguesa para confrontar os desafios de pessoas com deficiência.

Experiência

A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Brasil, Anna Paula Feminella, reitera a aposta de reativar a agenda de colaboração entre países lusófonos.

 

“Já temos um acordo de cooperação técnica estabelecido e assinado pelo próprio presidente Lula quando esteve em visita a Portugal. Agora, a gente vai estabelecer essa parceria estendendo aos outros países de língua portuguesa. Isso é fundamental para nós. Quando a gente cresce junto, cresce mais fortalecido e aprendendo com a experiência do outro. E pode fazer essa socialização daquilo que deu certo no Brasil e a participação social, por exemplo, é uma das marcas que a gente traz também aqui para 16ª conferência e de que a gente tem muito a avançar e é junto que é mais fácil.”

Já a secretária de Estado da Inclusão em Portugal, Ana Sofia Antunes, disse que o país investe em tecnologias usando a língua materna. 

Agenda de colaboração 

A ONU defende que mudanças em termos de acessibilidade e coleta de dados são áreas que precisam de maior cooperação.

Para ela, o novo acordo para aumentar a mobilidade para cidadãos dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, abre oportunidades para desenvolver habilidades e empregos no campo social. 

 

 

“Que esta cooperação pudesse ser mais abrangente e termos uma interação mais direta como um todo. Ou seja, como todos os países da Cplp e ter, de fato, uma estrutura dentro da própria Cplp que unisse os diferentes países e diferentes autoridades e membros do governo que sejam responsáveis por esta área. As pessoas ganharam muito com isso, especialmente com a grande experiência e ferramentas que fomos acumulando em Portugal e o Brasil que seria muito útil que pudéssemos disponibilizar aos restantes países da Cplp.”

Avanços

Para o secretário-geral da ONU, o mundo vive ameaças nos avanços para garantir os direitos das pessoas com deficiência.

António Guterres explicou que muito mais precisa ser feito para alcançar maior inclusão e acessibilidade depois da adoção há 17 anos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

A organização pede ações mais intensas para “não deixar ninguém para trás priorizando acesso a questões como alimentação, cuidados de saúde, habitação, escolas, locais de trabalho, tribunais e aspetos e equipamentos essenciais para a vida cotidiana.

A meta é criar maior independência e acesso a serviços e tecnologias. 

Para decisores políticos, a tarefa é identificar os gargalos e alocar recursos para superar as barreiras à inclusão com os recursos oferecidos pelo campo digital.

Fonte: Organização das Nações Unidas

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