PMA está pronto para oferecer alimentos após tempestade tropical severa por Moçambique

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O Programa Mundial de Alimentos, PMA, disse estar pronto para prestar auxílio alimentar a até 50 mil pessoas, caso haja solicitação do Governo de Moçambique, na sequência da passagem da tempestade tropical Filipo. 

Uma ração para 30 dias pode ser entregue a familiar de cinco pessoas, segundo a diretora nacional da agência no país, Antonella D’Aprile.

Casas destruídas

Em declarações feitas a partir de Maputo, a chefe do PMA disse integrar avaliações em curso na província central de Sofala. A agência apoia a movimentação para as zonas remotas com alimentos e meios de comunicação para comunidades isoladas atingidas pela tempestade.

Cerca de 48 mil pessoas foram afetadas pelo Filipo, que também causou danos graves nas províncias de Inhambane, Gaza, Maputo, no sul. Mais de 10 mil casas foram total ou parcialmente destruídas, além de escolas, centros de saúde e linhas de energia. Pelo menos 100 mil pessoas ficaram sem eletricidade.

© Unicef/Richardo Franco

Mesmo sem ter evoluído à categoria de ciclone, a tempestade tropical Filipo chamou a atenção porque o país enfrenta problemas alimentares

A escala global para medir a insegurança alimentar, conhecida por IPC, estima que 3,3 milhões de moçambicanos enfrentavam essa situação entre novembro e março.

D’Aprile disse que a agência atua com uma equipa destacada pelo Governo e pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades apoiando as avaliações preliminares em alguns dos distritos que ficaram sem comunicação.

Na província de Gaza, os efeitos de Filipo “foram de certa forma atenuados nas planícies” atingidas pela seca que foi causada pelo fenômeno climático El Niño. Com as chuvas fortes, as águas de rios e bacias “não subiram porque o solo as absorveu.”

Maior onda de deslocamentos no norte 

Mesmo sem ter evoluído à categoria de ciclone, a tempestade tropical Filipo chamou a atenção porque o país enfrenta problemas alimentares particularmente no norte, após ataques que desalojaram 113 mil pessoas em Cabo Delgado entre dezembro e 3 de março. A onda de deslocamentos foi a maior desde o início do conflito em 2017.

D’Aprile destacou que nessa realidade “os grupos armados não estatais têm uma estratégia e a intenção é realmente desestabilizar novamente a província.”

Estima-se que 62% dos  que fogem são crianças e 23% mulheres que muitas atravessam para a província vizinha de Nampula. Nessas áreas, o PMA colabora com o Fundo da ONU para a Infância. Unicef, e a Organização Internacional para as Migrações entregando tendas, kits de higiene e alimentos.

Deslocados internos e pessoas de comunidades anfitriãs

D’Aprile revelou que a comunidade humanitária está sobrecarregada, ainda que afortunadamente “o grau da tempestade tropical tenha baixado para moderado”. 

Em janeiro, a agência ajudou 1 milhão de deslocados internos e pessoas de comunidades anfitriãs no norte de Moçambique.

O país está entre os mais propensos a desastres climáticos do mundo. Há há cinco anos, foi assolado pelo ciclone Idai. Já em 2023, o Freddy  afligiu partes do território moçambicano e causou destruição em toda a África Austral. 

Com Informações* ONU.

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